Setecidades Titulo Educação
Alunos da rede estadual
passam por avaliação

Objetivo é detectar defasagem de aprendizagem
em 230 mil estudantes das escolas do Grande ABC

Por Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
10/08/2013 | 07:00
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André Henriques/23.10.2012/DGABC


Os 230 mil estudantes da rede estadual matriculados entre o 5º ano do Ensino Fundamental e o 3º ano do Ensino Médio no Grande ABC estão sendo avaliados pela Secretaria da Educação para diagnosticar dificuldades de aprendizagem. De acordo com dirigentes regionais de ensino, o exame é ferramenta que auxilia docentes na tarefa de mapear individualmente cada aluno e facilita na escolha da intervenção, seja em sala de aula ou com recuperação paralela.

Apesar de já ser aplicado há três anos, essa é a primeira vez que estudantes do 5º ano do Fundamental e 3º ano do Ensino Médio passarão pelo diagnóstico que identifica conhecimentos em Língua Portuguesa e Matemática, com questões dissertativas e objetivas, além de produção de texto. Em todo o Estado, 3,2 milhões de alunos da rede serão avaliados.

“O grande diferencial é que não se trata de avaliação da escola e sim do educando. Os professores passarão a saber quais competências precisam ser trabalhadas para atender as necessidades dos alunos”, observa a dirigente regional de ensino de Santo André, Ariane Aparecida Butrico.

A partir do mapeamento realizado duas vezes no ano, a equipe formada por professor, coordenador pedagógico e direção escolar definirá a melhor forma de trabalhar o aprimoramento do conteúdo com os estudantes identificados ao longo do ano letivo. Entre as opções estão a recuperação contínua (dentro da sala de aula com atividades focadas), a recuperação paralela (no contraturno escolar) e a ajuda de professor-auxiliar dentro da classe.

Os docentes receberam manual chamado Comentários e Recomendações Pedagógicas para ajudá-los nas tarefa pós-avaliação. A cartilha dá sugestões de intervenções possíveis de acordo com a defasagem observada. “O maior desafio do educador é resolver esses problemas. O grande professor é o que consegue intervir e ajudar esse aluno”, destaca a dirigente regional de ensino de Mauá – que atende Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra –, Marilene Pinto Ceccon.

FORTALECIMENTO

“A avaliação não é um fim nela mesma. O alicerce é fortalecer o aluno durante o primeiro ciclo do Ensino Fundamental”, ressalta Ariane. Segundo a dirigente, o acompanhamento dos estudantes nos anos iniciais do Ensino Fundamental é essencial para que sejam diminuídas as dificuldades observadas no segundo ciclo, conforme aponta o Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo).

O último levantamento do índice, divulgado em janeiro, apontou que a qualidade do Ensino Fundamental no Grande ABC piorou entre 2011 e 2012. Quatro dos sete municípios apresentaram desempenho inferior ao registrado no ano anterior quando analisados os estudantes do 9º ano.

O indicador existe desde 2007 e atribui nota de zero a 10 às escolas com base no desempenho do Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar) – que mede conhecimentos em Português e Matemática – e aspectos como frequência e evasão. 




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