Política Titulo Frequência
Aidan foi a 7 de 29
plantões deste ano

Em seis meses e meio, médico e ex-prefeito tirou
licença-prêmio, férias e por saúde pediu afastamento

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
22/07/2013 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


Desde que deixou o comando da Prefeitura de Santo André, em 1º de janeiro, o ex-prefeito e médico Aidan Ravin (PTB) trabalhou apenas sete vezes no plantão 24 horas, cargo a qual é funcionário concursado. Até quinta-feira, o petebista atuava no PA (Pronto-Atendimento) da Vila Luzita. A partir do dia 19, ele foi liberado pelo prefeito Carlos Grana (PT) e colocado à disposição da Assembleia Legislativa, em São Paulo, sem prejuízo de seus vencimentos e demais vantagens.

Conforme dados do Paço, Aidan somente registrou plantão no local de trabalho – depois de largar o poder – em três oportunidades em março (dias 12, 19 e 25), outras três ocasiões no mês seguinte (dias 2, 9 e 16) e, por fim, a derradeira no dia 25 de junho. A frequência teria de ser oficializada toda terça-feira na unidade. No prazo em questão, entretanto, passaram 29 semanas. O salário base de um médico da Prefeitura é de R$ 2.948,47. Por outro lado, ele tem nove biênios (R$ 1.326,99), auxílio-doença (R$ 327,65) e outros benefícios adicionais.

No período, Aidan, no posto de servidor estatutário, requereu licença-prêmio de 1º de janeiro a 14 de fevereiro. Logo na sequência, emendou férias, ficando de 19 de fevereiro a 5 de março fora da rede municipal de Saúde – atua há 23 anos. Depois desse tempo, o ex-prefeito tirou licença médica nos dias 23 e 24 de abril, de 30 de abril a 3 de maio e, fechando as contas do afastamento, de 13 de maio a 11 de junho.

Aidan alegou que solicitou a licença-prêmio e férias a que tinha direito por passar, segundo ele, “por período de dedicação total a Santo André” no mandato (2009-2012). “Como precisava organizar compromissos após a saída do cargo de prefeito, realizei o pedido”, menciona, por nota. O petebista sofreu uma intervenção cirúrgica, de grande porte, devido a complicações de diabetes, que o manteve de atestado médico para recuperação. “Teve problemas normais, mas que o impediram de realizar alguns plantões.”

O ex-prefeito sustentou que, ao reassumir a sua função, teve reuniões com integrantes da gestão Grana a pedido da equipe de governo, que colocou “alguns entraves na rotina de trabalho”. “Todos os problemas e solicitações foram registrados no livro da unidade e encaminhados à diretoria”, frisa Aidan, que reclamou de perseguição política pelo fato de ter sido transferido, no começo de julho, do PA, local de seu principal reduto eleitoral, à UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas) da Sacadura Cabral.

AFASTAMENTO

O petebista teve aval do Paço para atuar como assessor no Parlamento estadual, no gabinete do deputado e correligionário Coronel Edson Ferrarini, sob articulação do presidente paulista do PTB, Campos Machado. O período de afastamento está fixado de 15 de julho a 31 de dezembro deste ano. Neste ínterim, a Prefeitura manterá o pagamento dos salários do servidor municipal.
 




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