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A História ensina: cuidado com o que você assina

A arquiteta Maria Luisa Gagliardi (Loli) continua a dividir conosco a sua emoção como funcionária da Prefeitura de Diadema, 30 anos de casa...

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
08/10/2009 | 00:00
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A arquiteta Maria Luisa Gagliardi (Loli) continua a dividir conosco a sua emoção como funcionária da Prefeitura de Diadema, 30 anos de casa oficialmente completados hoje. Esta parte 2 foi a que mereceu maior revisão da autora. Tirar ou deixar a expressão "abaixo-assinado"? Loli resolveu deixar, até como alerta: nunca assine nada ser ler o teor.

UM galo chamado Mutirão

Texto: Maria Luisa Gagliardi

Hoje faço 30 anos de registro na Prefeitura de Diadema. Foram várias gestões, muitas pessoas diferentes. De um lado, muita evolução, de outro, muito retrocesso. E assim caminha a humanidade diademense.

Nestes 30 anos participei do Plano de Asfalto (como estagiária) e do programa Casa Popular, já como arquiteta. Certa vez ganhei um galo, ao qual demos o nome de "Mutirão". O galo fez a maior sujeira e por isso precisou ser doado.

Quando ia a campo tinha que levar estagiário (homem) porque os pedreiros se recusavam a "ouvir" mulher falando na obra.

Na hora da aprovação de uma obra, era muito difícil, porque todos querem dar um jeitinho. Começamos a exigir a aprovação do Corpo de Bombeiros, por exemplo, e isso foi bom - entre outras mudanças.

"Fui saída" de lá por causa de uma terraplanagem que queriam fazer sem alvará e a pedido de vereador. Aliás, queriam que eu fosse mandada embora, mas devido a conhecidos em cargos maiores que o meu e a comprovação de que nunca fiz nada errado me mantiveram na Prefeitura. Obrigada, amigos.

Participei do início de uma divisão (repartição municipal) que fazia coisas que não se encaixavam em nada já estruturado: cadastro de áreas públicas, regularização de loteamentos, pareceres urbanísticos, algumas visitas técnicas.

Quando fui convidada a criar um cadastro da nossa área fiquei superempolgada. Ao lado de outros profissionais e de estagiários que se transformaram em profissionais excelentes, criamos um modelo que até hoje é utilizado.

Participar de um plano diretor é fantástico. Diagnóstico, projeto de lei, reuniões. O plano foi rejeitado pela Câmara. Depois de refeito, passou e Diadema teve um plano diretor que se tornou exemplo para diversos municípios. Possibilitou denominar e numerar as vias de núcleos, e, como resultado, facilitou a entrega de correspondência. O modelo de numeração de Diadema é utilizado em outros municípios e citado como exemplo pelos Correios.

Voltei ao Cadastro onde estou até hoje. Não sei daqui prá frente o que acontecerá, mas foram 30 anos intensos. Muito trabalho executado com prazer e emoção. Muitas amizades, encrencas e saudades dos que saíram ou se foram...

Acho que vi de tudo: estagiário virar diretor; companheiros de partido político se tornar inimigos mortais; pessoas que o emprego na prefeitura é mais para pegar projetos, "liberação" de construção em área de mananciais, falsos abaixo-assinados, cursos dados com a maior boa vontade de funcionários para funcionários, coleguismos ao extremo, traições e puxadas de tapete.

Confusão entre ter amigos de todas as gestões com "ser comparsa" de um ou outro. Até hoje não entendi como funcionam as panelinhas e "outras coisas", nem quero entender. Tantas 'coisitchas' 'maluquitas'.

HOJE

Dia do Químico do ABC, Dia do Nascituro, Dia pelo Direito à Vida, Dia do Nordestino, Dia Mundial do Lions Clube.

Em celebração ao Dia do Químico haverá hoje, às 19h30, sessão solene na Câmara Municipal de São Bernardo. Serão homenageadas duas representações de trabalhadores: Knaut Isopor (com 25 anos) e Colgate Palmolive, a Ex-Kolynos (10 anos). A iniciativa é do vereador José Ferreira.

EM 8 DE OUTUBRO DE...

1938 - Fundado o Sindicato dos Químicos do ABC: Joaquim Rodrigues Corrêa (Joaquinzinho) foi o primeiro presidente; Paulo Lage é o presidente atual.

1969 - Chrysler do Brasil, com fábrica em São Bernardo, apresenta o automóvel Dodge Dart.

ALMANAQUE

Donizete Aparecido Ferreira

Nascimento: Santo André, 8 de outubro de 1956.

Vereador: 2001 a 2004.

Partido: PDT - PSB.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS

Domingo, 7 de outubro de 1979

História do trabalho - Segunda reportagem da série "Sindicalismo no Grande ABC". Entrevistado: Miguel Gullen, ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André.

Em pauta, a assistência sindical dada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André aos trabalhadores rurais; a intervenção de sete anos no sindicato; o desaparecimento de documentos comprobatórios de eleições realizadas no sindicato; greves, prisões e afastamento das lideranças.

SANTOS DO DIA

Lourença, Nestor, Pelágia, Tais, Reparata e Simeão.




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