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Região investe em lojas no exterior
Adriana Mompean
Do Diário do Grande ABC
10/07/2005 | 09:52
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América do Sul, com uma esticada até o México, e Europa entraram na rota de expansão de empresas do Grande ABC. Para ganhar novos mercados e difundir marcas e produtos, o setor investe na abertura de filiais em outros países com o objetivo de ganhar consumidores e realizar novos negócios mundo afora.

Algumas das principais iniciativas partiram do Pólo de Cosméticos de Diadema, que reúne cerca de 100 empresas do setor. A Valmari, com o objetivo de fincar raízes no exterior, investiu na abertura de três unidades: em Portugal, Alemanha e no momento implanta loja na Ilha da Madeira. O intuito é chegar a 12 unidades nos próximos cinco anos, o que inclui novas empresas em Portugal, além de países como Itália e Espanha.

A primeira filial da empresa no exterior foi aberta em maio do ano passado em Lisboa. "Fazíamos há cinco anos um trabalho de exportação para profissionais em Portugal e decidimos ter nossa rede de trabalho para atingir o consumidor. O mercado do país é muito receptivo", afirma Silvestre Mendonça de Resende, diretor comercial da Valmari. A companhia, que tem sociedade na unidade de Lisboa, planeja abrir mais quatro franquias. O objetivo é que a loja da capital portuguesa funcione como um centro de treinamento e show-room da empresa na Europa.

A segunda investida foi na cidade de Sindelfingen, na Alemanha, em dezembro de 2004. A franquia está localizada em um casarão com mais de 400 anos, de 60 m², e conta com três funcionários. Atualmente, a empresa implanta franquia na Ilha da Madeira, na cidade de Funchal. "O local tem clima agradável e as pessoas possuem afinidade com produtos brasileiros. A loja funcionará como uma vitrine para o mundo."

Também do ramo de cosméticos, a Coper, de Diadema, decidiu em dezembro do ano passado começar a sua operação internacional pela América Latina, e escolheu o Chile para instalar um centro de distribuição de produtos. "O país é um excelente ponto centralizador para a distribuição para o norte da América Latina e para ser base de exportação para outros países", afirma Renê Lopes Pedro, supervisor de Relações Internacionais da Coper e também presidente do Pólo de Cosméticos. "Todo mundo fica de olho no mercado europeu. Como presidente do Pólo, que me levou a participar de feiras internacionais, comecei a perceber o interesse dos europeus no mercado emergente da América Latina."

A unidade distribui linha com itens como shampoo, condicionador e creme de tratamento para as cinco maiores cadeias de supermercados do país, sendo 250 pontos de venda na Região Metropolitana de Santiago. De acordo com Pedro, o objetivo para 2006 é criar braços operacionais na Venezuela e no Peru.

Softwares – Empresas que atuam em outros segmentos também vislumbram oportunidades no exterior. É o caso da Active, de Santo André, que atua com software de alta precisão para indústrias farmacêuticas, e decidiu se instalar no México no ano passado, de olho num mercado que movimentou nos últimos 12 meses cerca de US$ 6,6 bilhões. "Existia a facilidade do idioma e não tínhamos quase concorrência no país", afirma o diretor comercial Marcio Moreti. No escritório trabalham três brasileiros e três mexicanos, entre eles Tiago Hideki Nakamura, de Santo André. "Estou desenvolvendo um trabalho de automação de produto acabado para a empresa Sanofi-Aventis", diz Nakamura, que está há um ano na Cidade do México.

O próximo passo da empresa andreense será abrir mais duas filiais, com investimentos de até US$ 300 mil nos próximos três anos. As novas unidades serão provavelmente na Espanha e nos EUA, e funcionarão como pontos de venda e de implementação do software Active Accurate, que visa a atender os processos produtivos da indústria farmacêutica.




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