Memória Titulo
Faltam placas nesta praça, prefeito Oswaldo Dias

A Praça Conde Matarazzo, no coração da cidade de Mauá, ganhou seu primeiro nome há um século

Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
25/09/2011 | 00:00
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A Praça Conde Matarazzo, no coração da cidade de Mauá, ganhou seu primeiro nome há um século (1911). Chamava-se, então, Praça Antonio Franco. O nome foi trocado em 1958. Independente desde 1955, Mauá quis homenagear o antigo conde Francisco Matarazzo, que tinha uma fábrica na cidade - bem ao lado da praça que ganhou o seu nome.

A praça é acolhedora. Ali os antigos jogam dominó em mesas espalhadas por um piso que lembra desenhos de Burle Marx. Para a professora Maria Augusta Parada Buesa, os desenhos são mesmo do paisagista famoso e remontam à construção da fonte luminosa da Praça 22 de Novembro, que Burle Marx projetou e Mauá não soube preservar.

Outra referência da Praça Conde Matarazzo é a pedra irregular plantada em sua calçada, para lembrar uma galeria de águas pluviais construída pela então Prefeitura de São Bernardo em 1925.

Faltam na praça algumas placas: uma que conte a história da pedra irregular e singela; outra que decifre aqueles desenhos burlemarxianos; e uma que traga o próprio nome do logradouro.

Orlando Filho, repórter-fotográfico do Diário, autor das imagens que ilustram Memória hoje, sofreu um bocado até descobrir uma única placa, ainda assim escondida no alto da passarela que cruza os trilhos da estrada de ferro.

Prefeito Oswaldo Dias, providencie as placas. A Memória da sua cidade agradecerá. E nós também. 

HISTÓRIA
A Praça Conde Matarazzo ganhou esse nome, no lugar de Praça Antonio (Cardoso Leite) Franco, pela lei nº 188, de 2-6-1958. Antonio Franco, o nome antigo, era proprietário da Fazenda Oratório e pai do prefeito Saladino Cardoso Franco, o que governou o Grande ABC de 1913 a 1930. 

AMANHÃ EM MEMÓRIA
Os segredos guardados pela Rua Rio Branco, a partir da vila dos Morelli, ao longo da estrada de ferro, em Mauá.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS

Sexta-feira, 25 de setembro de 1981 

Manchete - Milhares de peixes aparecem mortos na Represa Billings

Editorial - E os ecologistas falam às pedras

Grande ABC - Postos de combustíveis decidem não abrir aos domingos.

Vôlei masculino - Pirelli ganha a copa dos clubes campeões em final dramática: 3 sets a 2 frente ao Ferrocarril da Argentina.

Os campeões: Flavio, Montanaro, Moreno, Marcão, Emerson, Mane, Zé Roberto, William, Ronaldo e Maurício.

Futebol - Ontem no Baetão: Aliança 1, Nacional 0, gol de Vicente Cruz; em Santa Bárbara d'Oeste, União Barbarense 0, Santo André 0.

EM 25 DE SETEMBRO DE... 

1866 - Terezina Capitanio (Fantinatti) nasce na Itália. Parteira, industrial e criadora de bicho de seda em São Bernardo. 

1966 - Inauguração das piscinas do Volkswagen Clube, em São Bernardo.

Trabalhadores

Nascem em 25 de setembro: 

1928 - Pedro Baiko, da Polônia. Encanador da Superfosfato.

1928 - Pedro Veríssimo Barbosa, de São Paulo. Operário da IRFM (rayon).

1931 - Francisco Ludice, de Sergipe. Mecânico da IRFM. Residia à Rua Orlando, 68, Vila Assunção.

1932 - Cícero Firmino Rodrigues, de Alagoas. Operário da Quimbrasil. Residia na Rua do Rádio, em Vila Prosperidade.

Fonte: 1º livro geral de registro de associados do Sindicato dos Químicos do ABC.

HOJE 

Dia da Radiodifusão, Dia Mundial do Coração, Dia Nacional do Trânsito, Dia do Marítimo e Dia da Bíblia.

SANTOS DO DIA 

Aurélia, Cleófas, Firmino e Vicente Maria Stambi.

Santas Aurélia e Neomisia eram irmãs. Viveram no século XIV. Elas nasceram na Ásia Menor, no Oriente, e faleceram na Itália, vítimas da perseguição por serem cristãs.

Fontes: Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, Vozes, 2011; site: www.paulinas.org.br.

FALECIMENTOS

SANTO ANDRÉ

Pedro da Silva Dantas, 88. Natural de Picos (PI). Dia 21, em São Bernardo. Cemitério do Curuçá.

Vera Aparecida Caio Deccetti, 65. Natural de Santo André. Dia 17. Cemitério da Saudade, em Vila Assunção. 

SÃO BERNARDO

Zelinda Capaci Ramos da Silva, 87. Natural de Jaú (SP). Dia 21. Cemitério da Paulicéia.

Martha Paes de Lima, 78. Natural de Araguari (MG). Dia 20. Cemitério dos Casa.

Ernesta Faune Galindo, 74. Natural de Rancharia (SP). Filha de Caetano Faune e Angela Lazarini. Antiga feirante de São Bernardo. Dia 21. Jardim da Colina.

Antonio Esperidião Moreno, 63. Natural de Pirapitingui (SP). Dia 21. Jardim da Colina.

Francisca Silva de Souza, 59. Natural de Pombal (PB). Dia 19. Cemitério dos Casa.

Fátima Sueli Mandolini, 54. Natural de São Caetano. Dia 21. Jardim da Colina.

Gertrudes Imaculada Lanas Funes, 49. Natural de São Bernardo. Dia 20. Jardim da Colina.

Wagner José Ignácio, 46. Natural de São Paulo (SP). Dia 20. Jardim da Colina. 

SÃO CAETANO

(Cemitério das Lágrimas) 

Eduardo Altafini, 76. Natural de Bauru (SP). Dia 16, em Santo André. Cemitério das Lágrimas.

Iaroslau Tschopoko, 66. Natural de Joaquim Távora (PR). Dia 17. Cemitério das Lágrimas.

Sandra Nunes Rodrigues, 52. Natural de São Caetano. Dia 13. Cemitério das Lágrimas.

Ilka Raciunas da Mota, 66. Natural de São Paulo (SP). Dia 17. Cemitério da Saudade, bairro Cerâmica.

OSWALDO BISQUOLO
(São Paulo, SP, 11-1-1919 - 6-9-2011) 

Oswaldo Bisquolo trabalhou muitos anos na General Motors do Brasil. Deixou a empresa para se estabelecer com uma indústria gráfica, que, na década de 1950, editou um álbum de figurinhas de jogadores de futebol de times do Grande ABC e Baixada Santista.

Destacado líder autonomista, junto com seu pai Bruno e seu irmão Heitor, elegeu-se vereador pela coligação PR-PSP em 1949, na primeira Legislatura de São Caetano. Foi um dos fundadores do primeiro clube de terceira idade, frequentando as reuniões dançantes da entidade com sua esposa até uns meses antes de adoecer.

A família Bisquolo, Oswaldo especialmente, teve uma vida toda dedicada a São Caetano. Com o seu falecimento, dos 95 restam apenas seis líderes autonomistas vivos. Oswaldo Bisquolo era casado com a Sra. Edméia Marcucci Bisquolo.

Texto: Mario Porfírio Rodrigues, jornalista, empresário e líder autonomista de São Caetano




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