O médico João Batista Bernardo Filho, interventor de unidades do PAS entre 1996 e 1997, foi ouvido na manhã desta quinta-feira pela CPI do Plano de Assistência Médica. A CPI quer esclarecer como o médico, que afirma ter patrimônio avaliado em R$ 600 mil, conseguiu empréstimo de R$ 4.455 milhões para destinar à cooperativas que estavam com dificuldades financeiras. Os vereadores que participam da CPI vão analisar dados sobre imposto de renda, rendimentos e todos os benefícios salariais de João Batista.

O ouvidor do município, Benedito Domingos Mariano, disse em entrevista à Rádio CBN que há uma contradição no depoimento de Bernardo Filho. “Durante depoimento João Batista disse que prefeitura pagou todos os custos do empréstimo. Se isso realmente aconteceu, foi de forma ilegal, porque a prefeitura precisa de autorização do Tribunal de Contas para efetuar qualquer empréstimo”, comentou.

Mariano disse que será formalizado pedido de provas de que a prefeitura pagou o empréstimo. “Vamos pedir documentos aos bancos e os avalistas do empréstimo serão ouvidos para ver de quem é a responsabilidade penal e administrativa. Os responsáveis administrativos devem perder a função pública”, enfatizou.