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Construbusiness apresenta desafios

Até 2022 deverão ser construídas mais de 23 milhões de moradias

Por Cláudio Conz
09/12/2010 | 00:00
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Na segunda-feira, 29 de novembro, tive o prazer de participar de um dos eventos mais importantes da cadeia produtiva da construção, o Construbusiness 2010, Congresso Brasileiro da Construção, em São Paulo. Foi nessa conferência que o ministro Guido Mantega anunciou a manutenção da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para os produtos de nosso setor, medida muito importante para mantermos nosso crescimento.

Durante o encontro, autoridades e representantes de 110 entidades do setor, incluindo a Anamaco, reuniram-se para discutir o papel da construção para o desenvolvimento do País. Foram apresentados os estudos desenvolvidos pela LCM Consultoria e FGV Projetos, que elaboraram verdadeiro plano de estado para as gestões públicas até 2022, no que tange habitação e infraestrutura.

Sob o lema ‘Planejar, construir, crescer', o evento discutiu temas como o transporte, a mobilidade urbana, a Copa do Mundo de 2014, Olimpíada de 2016, entre outros assuntos, abrangendo responsabilidades das esferas municipal, estadual e federal e propondo trabalho de integração e discussão entre o governo, o empresariado e a sociedade civil.

De acordo com o estudo apresentado, o segmento tem meta de investimento de R$ 2 trilhões em infraestrutura e R$ 3 trilhões para reformas e a construção de moradias. Temos de construir até 2022 mais de 23 milhões de casas para finalmente podermos dar um fim ao deficit habitacional e à submoradia.

A pesquisa detalhada foi explanada no período da tarde, em dois painéis, um sobre infraestrutura e outro sobre habitação, moderados, respectivamente, pelos jornalistas Ricardo Boechat e Heródoto Barbeiro. No fim do dia, as principais demandas e ideias foram compiladas para a elaboração de uma carta aberta com propostas e sugestões, que será entregue ao governo federal e ao governo estadual no início de 2011.

Acredito que esse documento será de grande valia para os novos governos que devem tomar posse no início de 2011. Em 2006, nossa cadeia desenvolveu o estudo A Construção do Desenvolvimento Sustentado, criado pela FGV, que pude entregar pessoalmente ao presidente Lula no mês de dezembro. Em janeiro de 2007, tivemos o anúncio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que atendia a muitas de nossas demandas apresentadas na pesquisa e em alguns aspectos até ia além.

É esse tipo de atuação que nos propomos a desempenhar, a de sugerir soluções para atuar em conjunto com o poder público. E acho que nossos governantes têm realmente entendido a importância de nosso setor para a economia do Brasil, além de nossa vontade de trabalhar e de crescer. Tanto que, no Construbusiness, pudemos contar com a presença de diversas autoridades, como o ministro das Cidades, Márcio Fortes, que veio representar o presidente Lula, o ministro e presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o ministro interino do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior, Ivan Ramalho, e o deputado federal, presidente da Câmara dos Deputados e vice-presidente eleito, Michel Temer. Todos eles se comprometeram em levar as reivindicações do Construbusiness aos poderes Executivo e Legislativo, para que tenham continuidade e se tornem realidade. Fico muito satisfeito por estarmos sendo ouvidos e atendidos e também por podermos contribuir com o nosso País.




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