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Tudo morno nos cinemas
Ângela Corrêa
Do Diário do Grande ABC
24/12/2010 | 07:00
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O Natal veio fraco em estreias cinematográficas neste ano. Para os moradores do Grande ABC, então, as distribuidoras não reservaram nada para esta semana.

Para o cinéfilo da região, o único jeito será ir até a Capital para conferir as (poucas) estreias. Hoje abrem apenas os cinemas em shoppings. Os de rua devem reabrir apenas amanhã à tarde.

A boa notícia para os adultos é que as salas não foram inundadas por uma infinidade de adaptações da literatura infantojuvenil neste feriado.

O carro-chefe da semana é o thriller '72 Horas', que tem a assinatura de Paul Haggis (diretor do oscarizado 'Crash - No Limite'). Desta vez, porém, o diretor norte-americano não inovou na linguagem e tampouco na temática (leia abaixo outras estreias).

Conseguiu, no entanto, uma boa dose de figurões para o seu longa. Seu protagonista é o neozelandês Russell Crowe, que ainda parece ter aquele tipo durão colado à pele. Liam Neeson, que parece ter mergulhado no trabalho após a morte da mulher, a atriz Miranda Richardson, no ano passado, faz participação discreta - e decisiva.

As 72 horas do título é o tempo que o personagem de Crowe, John Brennan, tem para tirar a mulher, Lara (Elizabeth Banks), da cadeia.
 
Três anos antes, quando os dois ainda provavam, junto com o filho pequeno, o arquétipo da família perfeita e equilibrada, Lara foi presa pelo assassinato da chefe, com quem tinha um relacionamento bastante complicado. Brennan, um professor universitário, é a única pessoa que acredita na inocência dela, apesar de as impressões digitais dela estarem espalhadas por toda a cena do crime. Nem o público cai nas alegações da moça.

Loucamente apaixonado, Brennan resolve arquitetar um plano de fuga depois de a Justiça negar mais um recurso. Neeson interpreta um condenado que conseguiu fugir sete vezes da prisão, responsável, é claro, por aconselhar o correto professor em sua primeira incursão pelo mundo do crime. Mais do que as cenas de ação, o longa-metragem fala mais a respeito do amor incondicional de um homem. E alguns julgamentos errados que derivam disso.




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