"Estamos operando a 15% de nosso ritmo anterior à guerra", declarou Munir Yaacub Yussef, diretor de uma agência do Rasheed Bank, um dos grandes bancos estatais sob o regime de Saddam Hussein.

Doze funcionários, na maioria mulheres, sem telefone e com um fornecimento irregular de eletricidade, não pareciam muito ocupados.

"Efetuamos manualmente algumas operações de depósitos e retiradas nas três horas de atendimento ao público" durante os dias úteis, disse Yussef.

Os 35 funcionários da agência trabalham em um esquema de escala de três dias, uma prática seguida em outras agências bancárias de Bagdá que deixa evidente a lentidão do serviço.

Poucos clientes se atrevem a entrar na agência, aberta perto de um movimentado cruzamento no centro de Bagdá. Os seguranças, "levemente armados", segundo Yussef, controlam a entrada do edifício, que tem portas e janelas reforçadas com barras de ferro.

A insegurança, provocada pela onda de saques e ataques armados, continua sendo a principal preocupação dos banqueiros, que estimam que cerca de US$ 400 milhões e 48 bilhões de dinares ( US$ 38,4 milhões) foram levados durante os saques. O dinheiro circulante é estimado em US$ 3 bilhões, de acordo com o diretor do banco Al Rafidain, Dhia Khayoun.

"Pedimos sem sucesso às forças americanas que garantissem nossa proteção", declarou um diretor do Rasheed Bank, lamentando a falta de empresas privadas de vigilância no Iraque. "Graças a alguns amigos, recrutamos quatro homens que vigiam a agência dia e noite", explicou, destacando que muitas das 58 agências de seu banco foram alvo de roubos durante ou depois da guerra.

O Banco Central, que, segundo o anúncio de 1º de junho da administração civil americana, será reaberto, não poderá funcionar até a metade deste mês, informou um de seus executivos.

Pelo menos 31 das 212 agências bancárias de Bagdá reabriram esta semana, segundo a administração americana.