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Evo Morales tenta relançar governo com uma revolução moral
Por Da AFP
01/04/2007 | 16:08
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O presidente boliviano Evo Morales tentará relançar seu governo com uma 'revolução moral' depois de uma avaliação dos 14 meses de sua administração, em meio às críticas da oposição de que sua gestão é ineficiente e marcada pela corrupção.

"Fundamentalmente é uma reunião de debate programático, ideológico, político e também de comportamento", disse Morales antes do começo da reunião, que acontece em um hotel a 20 km da sede do governo.

"O encontro definirá as bases de uma revolução moral no gabinete estatal", afirmou o porta-voz presidencial, Alex Contreras.

A reunião avaliará três eixos - econômico, político e social -, mas o tema da corrupção no Estado e no partido MAS (Movimento Ao Socialismo) será o objeto central da discussão.

Morales garante que as investigações de um caso de avais políticos, recomendações de altas figuras do partido do governo para a obtenção de empregos públicos em troca de dinheiro, prosseguirá e que "ninguém será protegido".

O vice-presidente Alvaro García Linera anunciou medidas para eliminar os que prejudicam a imagem do partido com atos de corrupção.

O presidente, acusado pelos adversários de excessivo centralismo, tenta reimpulsionar o Executivo depois de várias semanas de ataque da oposição pelos avais políticos e 44 contratos com dez multinacionais petroleiras supostamente mal formulados.

Além de ordenar a investigação interna do partido e da justiça comum sobre o suspeitos de corrupção, Morales demitiu o principal executivo da estatal YPFB, Manuel Morales, acusado pela oposição de cometer irregularidades nos contratos petroleiros.

O chefe de Estado, que assumiiu o cargo em janeiro de 2006 com a promessa de erradicar a corrupção e atuar com transparência, passou a controlar com mais rigor os passos dos ministros.

As fraquezas do governo são capitalizadas pela oposição, que alega, por exemplo, que em 14 meses o governo criou apenas 1,5 mil postos de trabalho com a nacionalização dos combustíveis, em maio do ano passado.

Também deseja que a reunião de Morales com seus colaboradores sirva para que o presidente redirecione seu discurso de combate à corrupção.




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