A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) secção São Paulo divulgou comunicado pelo qual alerta a população para a ocorrência de golpes de pessoas que se passam por advogados e utilizam aplicativos de mensagem para solicitar transferências de valores referentes a processos em andamento. 

Segundo a instituição, os criminosos usam fotos de profissionais do direito ou logomarcas de escritórios de advocacia para solicitar o envio de valores.

De acordo com o texto, algumas subsecções da OAB receberam denúncias a respeito da prática, o que motivou a divulgação do alerta, direcionado à advocacia e também à sociedade civil.

“É a primeira vez que temos um golpe deste tipo, mas muitas pessoas nos alertaram. Nós achamos que, para proteger o cidadão, tínhamos de fazer um aviso público, para evitar que os indivíduos fossem lesados. A informação é a melhor defesa”, afirmou o vice-presidente da OAB São Paulo, Leonardo Sica.

Ele esclarece ainda que o código de conduta da OAB proíbe que advogados entrem em contato com os indivíduos para oferecer seus serviços. “Isso é considerado captação ostensiva. A contratação tem de partir do cliente e não do advogado. O principal vínculo é a confiança, seja por indicação, conhecimento ou por currículo”, detalha Sica.

Pessoas acima de 60 anos são as principais vítimas de golpistas. E nesse grupo estão os aposentados e também os pensionistas.

Em geral, as cobranças chegam para pessoas que têm verbas indenizatórias a receber. A quadrilha acessa seus processos – que não tramitam em segredo de Justiça – para descobrir informações sobre as partes envolvidas e pedir que paguem taxas para a liberação do dinheiro. Há suspeita de que seus defensores tenham tido celulares vazados ou informaram em cadastro para participar de algum evento jurídico falso.

A OAB orienta as vítimas que não respondam essas mensagens e registrem boletins de ocorrência. Também recomenda que os advogados fiquem atentos a possíveis estelionatários em busca de dados para aplicação em golpes e requisita que os profissionais prejudicados informem à entidade, além dos órgãos públicos competentes, acerca da existência desse tipo de prática ilícita envolvendo a advocacia.

Segundo a OAB, na dúvida, o melhor a fazer é desconfiar. Se não conseguir falar com seu advogado de confiança, a pessoa deve procurar a seccional ou a subsecção da OAB em sua cidade, pois elas possuem os contatos recentes de todos os seus profissionais com registro ativo.

Por fim, para se proteger na internet: tome cuidado ao acessar sites pouco conhecidos, não clicar em links duvidosos nem fornecer dados desnecessariamente, não enviar fotos de documentos e não acreditar em promoções de produtos com valores muito abaixo dos praticados no mercado.