Setecidades Titulo
Moradores de bairro de Sto.André sofrem com falta d'água
Aline Mazzo
Especial para o Diário
07/07/2005 | 08:25
Compartilhar notícia


Passar o fim de semana sem água nas torneiras virou rotina para os moradores da rua Queirós Filho, na Vila Progresso, em Santo André. Eles afirmam que há três meses o fornecimento de água é interrompido toda sexta-feira à tarde e restabelecido somente na segunda-feira de manhã. Muitos dizem já ter reclamado no Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André). A explicação, segundo eles, é que há pouca água no reservatório e, por isso, é preciso economizar.

O metalúrgico Cláudio Cesar Zanusso, 33 anos, recorre aos parentes para driblar a falta d'água. "No sábado tive que ir à casa do meu pai para tomar banho. No domingo, minha mulher levou a louça suja do almoço para lavar na minha cunhada, em Utinga." Zanusso mora no bairro há mais de 30 anos na rua e nunca passou por esse problema. "Eu liguei diversas vezes para o Semasa, mas eles informam que não estão sendo abastecidos pela Sabesp, por isso cortam a nossa água nos fins de semana", reclama.

O Semasa informou que no último fim de semana o abastecimento de água foi interrompido pois estavam sendo feitas melhorias na ETA (Estação de Tratamento de Água). Com as mudanças, além do reservatório Miguel Ângelo, a ETA passará a atender também a Vila Vitória. A previsão é de que a obra seja concluída até a próxima semana. O Semasa informou que a falta d'água nos outros fins de semana deve-se à diminuição da vazão de água enviada pela Sabesp (Serviço de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) a Santo André, problema que diz ocorrer desde fevereiro.

A Sabesp informou que a vazão média de água para Santo André está normal - cerca de 1,9 mil litros por segundo. A autarquia afirmou que o problema de baixa vazão apontado pelo Semasa já foi solucionado.

Em virtude da falta d'água, a aposentada Joana Moura Nunes, 79 anos, mudou a rotina. "Agora compro água para beber e cozinhar, e durante o fim de semana não posso lavar nem louça, nem roupa. Acumulo tudo para segunda-feira, quando acordo cedo para arrumar a bagunça que ficou", fala.

A vizinha de Joana, a professora Isabel Cristina Gabriel, 40, acorda de madrugada para poder lavar roupa e louça antes de sair para trabalhar. "Na segunda-feira, acordei cedo para lavar a roupa, só que cortaram a água novamente, enquanto a máquina funcionava. Quase que ela queimou e eu tive o maior prejuízo", diz.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;