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Projeto da Ecovias esquece moradores do Riacho Grande
Por Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
17/05/2011 | 07:00
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A Ecovias, concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes, desistiu de executar o projeto que previa a construção de uma pista marginal entre o Km 29 e o Km 18 da Anchieta. As novas faixas seriam utilizadas para o trânsito local, com destino a São Paulo.

A concessionária informa que, devido a uma modificação no projeto, a marginal será construída apenas entre o Km 23 e o Km 18. O início das intervenções está previsto para 2016. A empresa não detalhou os motivos da mudança. "Os investimentos prioritários podem ser antecipados, enquanto outros, menos urgentes, postergados, dependendo do entendimento da Artesp (agência que regula as rodovias estaduais) sobre o assunto" afirmou a Ecovias, em nota. Procurada, a Artesp não se manifestou.

Conforme publicado em julho de 2009 pelo Diário Oficial do Estado, a Secretaria do Meio Ambiente já emitiu licença ambiental prévia para a obra, com validade até 2014.

Atualmente, os 22 mil moradores do Riacho Grande têm dificuldades para sair do bairro aos fins de semana devido ao grande fluxo de veículos vindos do Litoral. A situação fica ainda pior quando são realizados shows de grande porte na Estância Alto da Serra, localizada na Estrada Velha de Santos.

"Estamos ilhados. Quando tem algum acidente na Anchieta ou alguma movimentação acima do normal, não temos como chegar ao Centro de São Bernardo", protesta o advogado Ivar José de Souza, 54 anos, coordenador do Fórum de Moradores do Riacho Grande.

A obra, prevista no edital de concessão das rodovias, foi prometida pela empresa para estar pronta até maio de 2005. O Diário teve acesso a um documento de 1998 assinado pelo então ombudsman da Ecovias, Narciso James, que ressaltava o compromisso com a conclusão da intervenção no prazo previsto.

Operação Planalto foi desativada há um ano

Desde a inauguração do Trecho Sul do Rodoanel, em abril do ano passado, a Ecovias deixou de executar a Operação Planalto. Realizada em feriados prolongados, a operação invertia o sentido da pista Sul, de forma que o motorista que viesse da Baixada Santista tivesse uma pista exclusiva para chegar à Capital e a São Bernardo. Para o tráfego local, a Pista Norte era utilizada normalmente.

A concessionária informou que a decisão foi tomada por medidas de segurança, por conta do alto fluxo de veículos que chegam do anel viário e desembocam na pista Norte.

Para o coordenador do Fórum de Moradores do Riacho Grande, o advogado Ivar José de Souza, a mudança tornou ainda mais difícil a saída do Riacho Grande. "Com a Operação Planalto, a pista Norte servia quase que como uma pista local. A gente não era obrigado a pegar o trânsito dos veículos que vêm da praia", explicou o advogado, que é morador do distrito há 52 anos.




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