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Indústria do Grande ABC reage em meio à pandemia

Uso da capacidade instalada, que em abril era de 39%, em julho avançou para 52%

Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
16/09/2020 | 00:03
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Divulgação/Votorantim


A indústria do Grande ABC está reagindo, apesar do baque provocado pela pandemia do novo coronavírus. O uso da capacidade instalada das fábricas, que era de 39% em abril, chegou a 52% em julho. “O período mais duro foi entre meados de março até meados de maio. A indústria utilizou muito pouco sua capacidade de produção e a ociosidade aumentou”, diz o coordenador de estudos do Observatório Econômico da Metodista, Sandro Maskio, referindo-se ao fato de que essa ociosidade chegou a 61% e, recentemente, recuou para 48%. No entanto, ante julho de 2019, as empresas usavam 63% de sua capacidade.

Além disso, quando se compara com o cenário nacional, onde o uso da capacidade instalada chega a 67%, a recuperação no País está mais rápida do que na região. “No Grande ABC, nossa reação foi mais lenta do que no cenário nacional por dois fatores. Um deles é a composição de nossa indústria, tem peso significativo das cadeias automotiva e petroquímica, que sofreram mais com a pandemia. Outro é o câmbio, que embora seja vantajoso para a exportação, tornou a importação extremamente cara. E a indústria da região, nas últimas décadas, tornou-se grande importadora de insumos de produção”, explica Maskio.

Quanto ao impacto no emprego das fábricas das sete cidades, de janeiro a junho foram demitidos 8.142 profissionais, sendo que no ano passado inteiro o setor cortou 4.900 vagas.
 




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