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Líder do PSB não aconselha negociações sobre CPMF
18/11/2007 | 07:26
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O líder do PSB no Senado, Renato Casagrande (ES), desaconselhou negociações “no varejo" para o governo conseguir os 49 votos necessários à aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que prorroga até 2011 a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).

Na avaliação dele, uma eventual negociação pontual com os senadores da base, tendo como princípio a barganha de voto, jogaria a imagem do Senado “num lamaçal completo”.

Nesse contexto, ele considera que a sociedade acabaria por misturar a negociação da CPMF com a crise gerada a partir das denúncias de corrupção contra o presidente licenciado da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). “Mesmo que não ocorra, vai passar essa impressão à sociedade. E aí será um lamaçal completo”.

O líder do DEM, José Agripino Maia (RN), acha que, caso Renan seja absolvido pela segunda vez, estará evidente uma interferência do governo no processo de julgamento.

“Se o resultado da votação aberta no Conselho de Ética for diferente da votação secreta no plenário, mais uma vez, significará que o governo agiu em favor de Renan”, comentou.

Governo - Apesar de o Planalto e o PMDB terem costurado um acordo para que Renan Calheiros não assuma mais o comando do Congresso, o governo aconselhou os líderes da base aliada e o ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, a procurarem uma fórmula política que permita votar primeiro a CPMF e só depois escolher o peemedebista que vai ocupar o lugar do presidente interino Tião Viana (PT-AC).

Como o presidente Lula não quer que os dois processos corram em paralelo, é possível que Renan ainda renove o prazo de 45 dias da licença da presidência, que expira no próximo dia 26.



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