Jogo fraco deixa os times em condição de igualdade para duelo de sábado, no Allianz
Certa vez, há muitos anos, Vanderlei Luxemburgo disse que “o medo de perder tira a vontade de ganhar”. E tal frase pode ilustrar até certo ponto a primeira partida da final do Campeonato Paulista entre Corinthians e Palmeiras, ontem à noite, na Arena de Itaquera. O placar de 0 a 0 reflete uma partida que, apesar da grande expectativa gerada, não teve equipes tão inspiradas e que pareciam com receio de se expor para não carregar desvantagem para o segundo e decisivo confronto, sábado, às 16h30, no Allianz Parque.
Se nos jogos pós-paralisação o Timão havia conquistado quatro vitórias, inclusive sobre o Verdão, ontem – até por ser mandante – esperava-se mais do time. Do outro lado, o endinheirado alviverde também deixou a desejar.
O goleiro Weverton foi o melhor jogador do primeiro tempo. Ou seja, isso mostra duas coisas: a ineficiência ofensiva do Palmeiras e as brechas encontradas pelo Corinthians para chegar até o gol adversário. O duelo começou um tanto quanto respeitoso, com as equipes se estudando e as marcações bem encaixadas. Vanderlei Luxemburgo orientou que sua equipe adiantasse as linhas e sufocasse a saída de bola corintiana. Mas os comandados de Tiago Nunes souberam bem como se desvencilhar dessa situação.
Aos poucos, o Timão tentou manter mais posse de bola e, aos 27 minutos da etapa inicial, Luan encontrou Ramiro entrando pelas costas de Gustavo Gómez – Matías Viña dava condições –, saiu frente a frente com Weverton, mas finalizou sem muita força e facilitou para o goleiro palmeirense.
Pouco tempo depois, aos 30, o arqueiro campeão olímpico mostrou toda sua capacidade e elasticidade ao saltar no canto direito inferior e salvar voleio de Mateus Vital que tinha endereço certo para abrir o placar.
O Palmeiras insistia em tentar jogar pela direita, com Rony, mas Carlos Augusto levou a melhor sobre o alviverde na maioria das vezes. No meio dos zagueiros, Luiz Adriano quase não apareceu. E Ramires só não saiu de campo sem ser notado porque foi dele a melhor oportunidade do Verdão, aos 46, mas chutou por cima.
A segunda etapa começou em ritmo alucinante, dando a falsa expectativa de que as equipes buscariam mais o gol. Gabriel Menino, pelo lado do Palmeiras, foi quem teve a melhor chance, mas acertou a rede pelo lado de fora. Bruno Henrique, em cobrança de falta, parou em Cássio. No mais, todo aquele ímpeto inicial não prosperou. Excesso de erros de passes, ansiedade e até certo nervosismo. Os técnicos até tentaram mexer nos times, em busca de dar novos ânimos. Mas a morosidade permaneceu até o apito final.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 0 X 0 PALMEIRAS
CORINTHIANS - Cássio, Fagner, Gil, Danilo Avelar e Carlos; Gabriel, Éderson (Cantillo) e Ramiro; Luan (Araos), Mateus Vital (Léo Natel) e Jô. Técnico: Tiago Nunes.
PALMEIRAS - Weverton, Marcos Rocha, Luan, Gustavo Gómez e Viña; Patrick de Paula, Gabriel Menino (Raphael Veiga) e Ramires (Bruno Henrique); Zè Rafael (Scarpa), Rony (Angulo) e Luiz Adriano (Willian). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
ÁRBITRO - Raphael Claus.
CARTÕES AMARELOS - Mateus Vital, Rony, Jô, Danilo Avelar e Ramiro
LOCAL - Arena Corinthians, em São Paulo.
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