Cena Política Titulo
PT cogita Boulos; Marinho banca Tatto
Raphael Rocha
22/07/2020 | 00:01
Compartilhar notícia


Líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) e presidenciável de 2018 pelo Psol, Guilherme Boulos venceu prévias do partido no fim de semana e será o candidato a prefeito da Capital neste ano. Mas um outro fato, acontecido também no fim de semana, gerou repercussões no PT. Boulos esteve na posse de Wagner Santana, o Wagnão, para novo mandato como presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, movimento que tensionou ainda mais um debate que ganha corpo no petismo: o de abandonar a pré-candidatura do ex-deputado Jilmar Tatto (PT) à prefeitura paulistana para apoiar a chapa do Psol. Até lideranças graúdas do PT avaliam que Boulos terá melhor desempenho que Tatto e que, diante disso, é preciso unir forças de esquerda. Quem sustenta que Tatto tem de ser candidato – e que vai crescer eleitoralmente até o pleito – é o presidente estadual do petismo, o ex-prefeito Luiz Marinho, de São Bernardo. Marinho já disse, internamente, que Tatto elevará o nome do PT a ponto de influenciar positivamente projetos eleitorais do partido na Região Metropolitana.

BASTIDORES

Sem reunião
O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), suspendeu a reunião da bancada de sustentação, que estava marcada para acontecer ontem. À boca miúda, dois assuntos têm tirado o sono do tucano: o avanço do MPF (Ministério Público Federal) no processo da Operação Prato Feito, que apontou existência de fraudes em contratos de merenda e alimentação da saúde em seu governo, e pelas seguidas ações policiais em cima dos ex-governadores Geraldo Alckmin (PSDB) e José Serra (PSDB). Rodoanel e caixa dois eleitoral estão na mira das autoridades.

Passado e presente
O apoio dado pelo ex-secretário Gilvan Mendonça (PDT) ao pré-candidato do Podemos à Prefeitura de Rio Grande da Serra, Claudinho da Geladeira, deu o que falar no governo do prefeito Gabriel Maranhão (Cidadania). Muitos chamaram a família Mendonça de traidora – além de Gilvan, o vereador Israel Mendonça (PDT), irmão dele, também foi secretário na administração Maranhão. Houve também quem lembrasse que, em 2018, Gilvan já tinha dado sinais de traição. Mesmo próximo do PDT, fez campanha para Renata Abreu, deputada federal e líder nacional do Podemos.

Afagos e vice
O vereador Jander Lira (DEM), de São Caetano, estava todo paz e amor na sessão de ontem. Ele desferiu elogios aos colegas da sustentação – afagos foram para o presidente da casa, Pio Mielo (PSDB), a Olyntho Voltarelli (PSDB) e Edison Parra (Podemos) –, postura que chamou atenção de figuras da oposição ao prefeito José Auricchio Júnior (PSDB). Dizem as más línguas que a especulação de ele ser vice de Fabio Palacio (PSD) motivou o ato. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;