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Fôlego em dia
Cristie Buchdid
Do Diário do Grande ABC
25/07/2007 | 07:07
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Dominar canto, dança e interpretação é o desafio de atores de musicais, que exigem mais preparo e resistência física. O musical Peter Pan – Todos Podemos Voar, que estreará na sexta-feira, no Credicard Hall, é exemplo de complexidade técnica, principalmente pelas cenas aéreas. Os 29 atores, sendo três da região, trabalham duro.

“Ensaiamos, no mínimo, oito horas por dia com uma folga na semana. Perto da estréia, viramos a noite no teatro. Tivemos aulas de esgrima, percussão, vôo e rapel”, disse a atriz de São Bernardo, Renata Ricci, 26 anos, que divide o papel de Wendy com Gabriela Petry e também atua no coro.

Renata já saltou de asa-delta, mas confessou ter dificuldade em encarar a escada que vai até o teto do teatro, de onde sua personagem teria de iniciar um vôo. “Pedi para não fazer rapel, pois tive medo”, confessou a moça, que estará na próxima novela do SBT, Amigas e Rivais, com estréia prevista para 6 de agosto. O global Leonardo Miggiorin faz o protagonista, Peter Pan.

O ator e professor de teatro Rogério Matias, 32, de São Bernardo, acredita que a maior dificuldade para o profissional é transformar dança, canto e interpretação numa forma clara de comunicação. “É preciso estar bem preparado. O canto é um texto teatral e tem de ser entendido”, disse ele, que fez musicais como O Beijo da Mulher Aranha e Les Miserábles.

Renata, que estuda teatro há 20 anos e canto há oito, dá a dica. “Algumas pessoas acham que é só fazer aulas de canto e dança, mas o primordial é a interpretação”.

Andressa Corso, 19, de São Bernardo, que fez O Fantasma da Ópera, explica porque as coreografias de Peter Pan são difíceis. “Tem muita corrida e saltos. É tudo muito intenso e exige bom preparo físico senão o ator se cansa e pode perder o fôlego”, disse a atriz do coro.

Miss Saigon - O ator Fernando Marianno, 18, de São Bernardo, do coro do musical Miss Saigon, que estreou dia 12 no Teatro Abril, em São Paulo, revela que no começo era bem pesado. “Tem de acostumar o corpo”. O ritmo alucinante nos bastidores transforma glamour em realidade. “Depois você vê que é trabalho e tem de fazer por merecer”, disse Marianno.

O ator Carlos Martin, 26, de São Caetano, que interpreta diversos personagens no coro de Miss Saigon, se machucou várias vezes nos ensaios. “Temos até fisioterapia. É como uma empresa, com horário para entrar e sair. A rotina é pesada, mas gratificante”.




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