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Acordo encerra greve na Fidelity, em Santo André
Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
12/07/2007 | 07:04
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Os trabalhadores da empresa de processamentos financeiros Fidelity, com filial em Santo André, decidiram encerrar a greve de dois dias após assembléia na noite passada. Nesta quinta-feira, a empresa volta às atividades normais.

Os funcionários aceitaram a proposta da empresa de reduzir a jornada para oito horas diárias, não descontar os dias parados e aumentar o vale refeição para R$ 6,50.

O movimento na região foi organizado pelo Sindicato dos Bancários do ABC. Apesar dos 250 funcionários da empresa não serem filiados à entidade, estão sendo representados pela organização.

Segundo Maria Rita Serrano, presidente do sindicato, se os trabalhadores já fossem considerados bancários, grande parte dos problemas trabalhistas seriam resolvidos. “Eles prestam serviço bancário terceirizado. Então, têm de ser considerados da categoria”, afirma.

Atualmente, os trabalhadores da Fidelity apresentam uma jornada de trabalho de nove a 11 horas diárias, não recebem extra e ainda ganham R$ 5 de vale refeição. O salário base é de R$ 540.

Há ainda empregados diaristas, que recebem R$ 27 por mês e não apresentam nenhum vínculo com a processadora de operações financeiras.

As reivindicações dos funcionários serão debatidas em setembro entre a empresa e o sindicato. O objetivo é o aumento salarial para R$ 750 – o mesmo que o piso dos bancários –, aumento do tíquete de refeição para R$ 13, jornada de oito horas diárias e registro dos diaristas.

Maria Rita conta que o Ministério Público do Trabalho também será contatado, já que o órgão apresenta um parecer favorável aos trabalhadores quanto à sua verdadeira classe trabalhista, afirmando que eles devem ser considerados bancários. Procurada pela reportagem, a Fidelity preferiu não se pronunciar quanto ao assunto.




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