Política Titulo Processo por permanência na cadeira
Presidente do Legislativo admite ação por danos morais contra Almir do Gás

Juarez Tudo Azul (PSDB) classificou o mandado de segurança impetrado pelo ex-vereador como “ato egoísta”

Por Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
16/04/2020 | 00:01
Compartilhar notícia


Presidente do Legislativo de São Bernardo, Juarez Tudo Azul (PSDB) classificou o mandado de segurança impetrado pelo ex-vereador e correligionário Almir do Gás como “ato egoísta” e admitiu que a Câmara, acionada diretamente no episódio, estuda mover processo por danos morais, caso o parlamentar prossiga com o litígio. Quarto suplente do tucanato, Almir pleiteia na Justiça permanência na cadeira legislativa do titular Mário de Abreu (ex-PSDB), afastado por decisão judicial.

O primeiro suplente do partido, Ary de Oliveira, é quem ocupa hoje a vaga com o retorno de vereadores até então licenciados do cargo. Tudo Azul alegou, contudo, que a mesa diretora ainda não foi notificada de forma oficial a respeito da ação, mas que já está ciente que o correligionário busca, via liminar, retomar assento na Câmara.

“Não estou surpreso. Na verdade, fico mais chateado pelos seus outros colegas de PSDB, que estão em sua frente na suplência. Ele é o quarto suplente e a alegação dele não tem qualquer embasamento (jurídico). Há ordem legal a ser seguida pelos suplentes. Na minha opinião, ele tomou decisão egoísta. Caso ele continue com a ação, não descarto acioná-lo por danos morais”, sustentou Tudo Azul.

Na eleição municipal de 2016, Almir do Gás recebeu 2.234 sufrágios, votação insuficiente para assegurar vaga na Câmara. Antes dele na lista estão outros três suplentes – Ary de Oliveira, Samuel Alves e Lia Duarte. Eles assumiram mandato em boa parte desta legislatura porque os titulares Hiroyuki Minami (PSDB), Alex Mognon e Mário de Abreu se licenciaram do cargo de vereador para exercer posto de secretários de Desenvolvimento Econômico, Esportes e Meio Ambiente, respectivamente. Lia Duarte chegou a assumir cadeira de Abreu, mas também foi afastada por deliberação judicial. Com os retornos de Minami e Mognon no começo de abril, como versa a norma eleitoral, Ary herdou a vaga de Abreu, uma vez que é o primeiro ‘substituto’ do rol tucano.

Para Tudo Azul, a chance de Almir prosperar na Justiça – diante do teor da ação – é quase nula, já que é preciso seguir a escolha das urnas. No processo, Almir apela para que seja seguida deliberação judicial do passado, que ao determinar a sua posse, cita que ele deve permanecer na cadeira enquanto Mário de Abreu estiver afastado.  




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;