Setecidades Titulo Após assembleia
Professores da Metodista entram em estado de greve

Docentes negam proposta de parcelamento de salários atrasados e ameaçam parar a partir do dia 7

Por Flavia Kurotori
Do Diário do Grande ABC
30/01/2020 | 00:03
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Denis Maciel/DGABC


Professores e auxiliares da administração da Universidade Metodista de São Paulo, em São Bernardo, negaram por unanimidade, ontem, proposta apresentada pela instituição de ensino ao Sinpro ABC (Sindicato dos Professores do ABC) e ao Saae (Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar). O texto previa parcelamento em oito meses, a partir de maio, dos salários atrasados desde novembro e regularização das remunerações deste ano. Com isso, as categorias entraram em estado de greve.

“É uma situação extremamente complicada e a Metodista não está oferecendo nada”, salientou Edilene Arjoni, presidente do Sinpro ABC. Segundo ela, a proposta foi apresentada inicialmente como planejamento. “A universidade fez acordo no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) para pagamento, mas nada foi cumprido, inclusive a cláusula que garantia estabilidade a todos até fevereiro”, completou, em referência à estabilidade de quadro de trabalhadores acordada na Justiça do Trabalho.

Hoje, contraproposta será apresentada à instituição de ensino superior. A reivindicação é a de que os salários de novembro sejam pagos até amanhã e os valores do abono de dezembro, um terço das férias e o 13° salário, além do vale-alimentação e vale-transporte dos auxiliares administrativos sejam depositados parceladamente até junho. O documento também prevê garantia de que as remunerações deste ano sejam pagas em dia. 

Mesmo que a contraproposta seja aceita, as multas por atraso, a dobra de férias (quantia paga quando os valores do recesso remunerado não são pagos em dia) e o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), que não é depositado desde 2015, serão negociados posteriormente.

Nova assembleia está marcada para o dia 7, quando próximos passos serão decididos conforme as ações da Metodista. Greve não está descartada. Utilizando termos como “instituição sem vergonha”, os colaboradores relataram que a reitoria chegou a afirmar que caso haja greve, “os professores estarão jogando a última pá de cal” na universidade.

A Metodista informou, em nota, que aguarda avaliação da proposta pelos sindicatos junto às categorias.




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