Depois de sofrer inúmeras perdas financeiras nos últimos meses, por conta dos seqüestros de receita para o pagamento de dívidas com precatórios, a Prefeitura de Diadema começa o ano com o acréscimo de R$ 32,6 milhões. O valor foi repassado pelo banco Bradesco, vencedor da licitação para administrar as contas dos 6.599 funcionários públicos do município.

Com dinheiro em caixa, o Excutivo espera sanar algumas pendências, como o atraso no pagamento dos fornecedores.

Com o valor mínimo de R$ 25,5 milhões, o processo licitatório foi aberto no fim do ano passado e também teve a participação dos bancos Santander e Itaú.

O contrato, que ainda prevê a instalação de mais quatro agências no município (uma no Paço Municipal, uma na Central de Atendimento e as demais em Núcleos de Atendimento à População), será válido pelos próximos cinco anos.

Até agora, a administração das contas dos servidores públicos era feita pelo Banco do Brasil.

Segundo o prefeito em exercício, Joel Fonseca (PT), o resultado representa vitória para a cidade. “No ano passado tivemos uma perda financeira significativa em seqüestros de receita, o que prejudicou muito o nosso planejamento. Essa verba vem com o objetivo de contornarmos essas dificuldades para poder investir mais também. No entanto, ainda não traçamos o destino desse dinheiro”, explica.

Segundo Joel, uma reunião deverá ocorrer nos próximos dias para definir a aplicação do dinheiro.

O prefeito em exercício, que também comanda a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, acredita que esse processo trará mais ganhos ao município. “Deveremos requisitar a abertura de novas agências pela cidade, principalmente em regiões mais distantes do Centro. Tudo isso significa conquistas gradativas que vão elevando o potencial do município”, diz Joel, citando o bairro do Eldorado como exemplo.

Embora Diadema comemore o valor obtido com a transação, a vizinha São Bernardo é a detentora do recorde nacional neste processo.

No ano passado, a cidade fechou a melhor licitação para conta bancária do País. O banco Santander, que já cuida do serviço há cinco anos, venceu a concorrência e pagou à administração R$ 99 milhões para administrar as contas dos servidores da cidade.

Quatro vezes maior do que a peça orçamentária de Rio Grande da Serra, o valor surpreendeu o prefeito William Dib (PSB), que esperava uma proposta 40% menor.

Nos últimos três anos, a venda da administração das folhas salariais dos servidores públicos municipais aos bancos rendeu bons resultados às prefeituras.