Após a polícia ter impedido ativistas de desfilarem nus em 2003, também em defesa dos animais, eles foram autorizados a protestar desde que não tirassem totalmente a roupa. Então desta vez os homens saíram de cuecas e as mulheres de topless. O evento apelidado de "A Marcha dos Nus" foi organizado pelo terceiro ano.

Os cerca de 300 manifestantes seguiram protestando pelo caminho que os touros passam. Eles gritavam "tortura não é cultura" e seguravam faixas com frases "parem com a matança dos touros". Uma ativista austríaca, que exibia dois piercings nos mamilos e uma tatuagem no glúteo escrito "aprovado pela sociedade vegetariana", disse: "também queremos ser uma atração".

Mesmo com a proibição, algumas pessoas ficaram totalmente nuas somente vestindo chifres ou máscaras de touro. Os ativistas diziam que é possível se divertir sem que se machuque os animais.

Dos integrantes da organização não-governamental Peta (Pessoas pela Ética no Tratamento de Animais), que protestaram contra a tradicional festa de São Firmino, em que touros são soltos pelas ruas de Pamplona, muitos são estrangeiros de todas as partes. Esse fato levou moradores da cidade a reclamar que eles estariam interferindo em uma manifestação cultural da Espanha.

O festival, que tem duração de uma semana e começa nesta quarta-feira, conta com pessoas que se arriscam a serem perseguidas pelos touros. Desde 1910, 15 pessoas já morreram. Alguns animais também morrem após percorrer cerca de 800 metros.