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Professores recebem, mas mantêm greve

Instituição parcelou salário de março, mas não deu prazo para regularizar vencimentos de abril

Por Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
09/05/2019 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Os professores da Universidade Metodista, em São Bernardo, completam 11 dias de paralisação hoje e, segundo eles, a greve permanece por tempo indeterminado. Embora a instituição de ensino superior tenha parcelado os salários de março, não há prazo para o pagamento dos vencimentos de abril. Além disso, a categoria cobra 13º, férias, vale-alimentação e vale-transporte, além da regularização dos depósitos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), que não são feitos desde 2015.

Segundo o presidente do Sinpro-ABC (Sindicato dos Professores do ABC), José Jorge Maggio, 90% dos profissionais que atuam na Metodista aderiram à paralisação. Segundo ele, os alunos também estão em greve, de cursos como odontologia, psicologia, rádio e TV e veterinária. “Essa mobilização coletiva teve uma boa adesão tanto de professores quanto de alunos. Quando tentamos contato com a universidade eles alegaram problemas de inadimplentes e concorrência”, diz.

De acordo com a estudante do 5º ano do curso de medicina veterinária, Rhauanne Barbosa, 26 anos, de sete docentes que ministram aulas semanalmente, apenas dois comparecem para as aulas. “Alguns professores não aderiram a essa greve, mas está sendo uma grande movimentação da nossa parte”, comenta. As aulas no curso, segundo Rhauanne, estão prejudicadas por adiamento de provas e trabalhos, mas que, futuramente, a universidade promete repor, conforme o calendário acadêmico. “Estamos mais preocupados em ajudar os professores.”

Em nota divulgada pela Metodista ontem, a rede informou que “os salários estão integralmente em dia, exceto os vencidos em 7 de maio, que já estão sendo regularizados diariamente”. Além disso, a instituição de ensino superior reformou que continuará trabalhando para evitar possíveis atrasos aos funcionários.

A crise econômica atinge a Universidade Metodista desde 2015. Neste período, 54 professores universitários e 15 do colégio, além de funcionários dos setores administrativos, foram demitidos. Apenas dez docentes conseguiram na Justiça voltar aos postos de trabalho.




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