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Marinho voa no Rafale e aguarda investimentos
Por Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
06/02/2011 | 07:05
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Nario Barbosa/DGABC


Depois de testar o caça Rafale, fabricado pela Dassault, na França, o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), disse ter tido "boa impressão" da aeronave e no fim de fevereiro promoverá seminário com a companhia francesa para "quantificar" possíveis investimentos no município. O petista disse que vai aconselhar o governo Dilma Rousseff (PT) sobre a melhor escolha, mas lembra que a decisão final é da presidente.

Segundo Marinho, a Dassault se comprometeu a investir "pesado" no Brasil e instalar fábrica de produção de peças de carbono. O seminário terá papel de identificar se São Bernardo poderá acolher o aparato de produção do Rafale. Empresas terceiras interessadas em participar do consórcio para o desenvolvimento das aeronaves também serão envolvidas na discussão.

Ponto positivo destacado por Marinho foi o apoio dado aos projetos cidade digital e parque tecnológico. "Eles nos trataram com muita atenção", disse. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enquanto líder da nação, se mostrou mais simpático à proposta francesa.

O modelo do seminário será espelhado no realizado com representantes da sueca Saab, fabricante do Gripen NG. Há quase um ano, executivos da companhia visitaram São Bernardo e formalizaram intenção de instalar empresas metalúrgicas na cidade, o que proporcionaria geração de 1.200 empregos diretos e indiretos no Grande ABC. Com a transferência de tecnologia e outras ações no Brasil, serão criados, no total, 28 mil postos de trabalho em todo o País.

Além das duas, a fabricante norte-americana do F-18 Super Hornet, Boeing, também participa da licitação do governo federal que comprará 36 caças para segurança nacional e formalizou convite de visita e test-drive. "Isso vai depender das reuniões que teremos no Brasil", disse Marinho. O petista mudou a estratégia de defender única empresa no certame para garantir que, independentemente da vencedora, São Bernardo seja beneficiada como a base de produção das aeronaves.

Caso Dilma finalize o certame, o gasto público com a compra chegará a R$ 10 bilhões. Um dos pontos que protagonizaram o debate sobre os caças foi a transferência de tecnologia. "O governo federal precisa amarrar isso direito e saber quem realmente vai transferir tecnologia. Eu creio que isso esteja fechado, mas não tenho certeza", alertou Marinho. A Embraer será a coordenadora de todo o processo de produção, seja qualquer uma das três a vencedora.

Marinho foi eleito articulador da escolha pelos empresários por conta da proximidade com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele foi ministro da Previdência Social e do Trabalho na gestão passada e ganhou a benção política de Lula na eleição de 2008. Além da empresa, o prefeito visitou marinha e aeronáutica francesas.




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