Três ônibus levavam 156 prisioneiros de um centro de detenção em Parachinar para um cadeia em Kohat, ao sul de Peshawar (Paquistão). Os rebelados tomaram as armas dos guardas paquistaneses e iniciaram um levante. Um dos veículos foi tombado durante os confrontos.

O Secretário de Informação paquistanês, Sayed Anwar Mehmood, afirmou que a maior parte dos prisioneiros era formada por árabes fiéis a Osama Bin Laden (chefe da Al Qaeda), que fugiram das cavernas e montanhas da região fronteiriça de Tora Bora após a intensificação dos ataques americanos.

Os trabalhos de busca aos fugitivos foram concentrados na região de Tora Bora, onde estaria escondido Osama Bin Laden. Forças americanas vasculham minuciosamente as cavernas há dias, na tentativa de capturar o homem mais procurado do mundo.

Cooperação - O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, afirmou nesta quarta-feira que o exército paquistanês fez "um bom trabalho" ao longo da fronteira com o Afeganistão e prendeu "centenas" de guerrilheiros não-afegãos da Al Qaeda que tentavam fugir.

Rumsfeld afirmou que os Estados Unidos têm participado dos interrogatórios e dos processamentos de informações obtidas junto aos estrangeiros da Al Qaeda presos pelo Paquistão. "É como se tivéssemos encontrado um tesouro", comparou o secretário.

Presos controlados - Os americanos têm dado especial atenção a 15 'tesouros' presos no Afeganistão. São guerrilheiros que os EUA acreditam ser 'oficiais de elite' da Al Qaeda, a organização terrorista de Osama Bin Laden.

Os 15 detentos foram transferidos para uma prisão improvisada no aeroporto de Kandahar (Sul) e esperam lá pelo interrogatório, que será conduzido por policiais federais (FBI) americanos enviados ao Afeganistão atrás de pistas sobre Bin Laden e planos terroristas.