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'Eu, Tonya' é baseado em história real, por incrível que pareça

Longa sobre ‘a maior vilã do esporte nos Estados Unidos’ está no Oscar e tem pré-estreia na Capital

Marcela Munhoz
11/02/2018 | 07:00
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Divulgação


 Para alguns amantes de cinema, um bom filme inspirado em fatos reais é sempre bem-vindo. Apesar de a trama e seu final serem conhecidos, fica a curiosidade em saber mais de como estão os personagens, se os atores conseguiram reproduzir suas características, além, claro, descobrir o que foi ou não inventado para a adaptação. Eu, Tonya é uma dessas produções.

Com pré-estreia em São Paulo, no Espaço Itaú (terça, às 17h), e estreia a partir de quinta em circuito nacional, o longa dirigido por Craig Gillespie foi premiado no Globo de Ouro, Critics’ Choice Award, entre outros, além de ser lembrado no Oscar 2018 nas categorias melhor atriz (Margot Robbie), atriz coadjuvante (Allison Janney) e edição.

O filme é sobre Tonya Harding (Robbie), ex-patinadora artística norte-americana que foi acusada de se envolver em atentado contra sua principal concorrente nos anos 1990, Nancy Kerrigan, que teve o joelho quebrado na preparação para os Jogos Olímpicos de Inverno da Noruega, em 1994. O marido de Tonya, Jeff Gillooly, e seu guarda-costas, Shawn Eckhardt, estavam envolvidos.

Baseado em entrevistas reais dos principais personagens na época, o longa vai mostrando a infância e adolescência difíceis da atleta, que foi obrigada pela mãe, LaVona Harding (Janney), a se superar a cada treino. Ela se casa cedo e sofre violência doméstica por anos. Apesar de ser uma das únicas a dar o dificílimo salto triplo axel em competições, era considerada a ‘patinha feia’ por ter vindo de família pobre, sem classe. E isso contava para os juízes.

Pelo menos é por aí que o diretor Gillespei resolveu seguir na ficção. Será que ela sabia do atentado? Foi mais vítima ou vilã? Cabe ao leitor tirar suas conclusões. O que dá para garantir é que o filme conta com ótimas atuações de Robbie e Janney. É uma trama muito bem costurada e que prende o espectador do começo ao fim. Também faz refletir sobre a pressão sofrida pelos atletas, traz o tema violência doméstica à tona e de como uma pessoa pode mudar, ou não, quando deseja, mais do que tudo, a fama. Definitivamente, vale o ingresso.




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