Neste sábado também foi dia de eleição simbólica para definir os componentes da nova Mesa do Senado para os próximos dois anos. Simbólica porque os nomes que foram indicados já haviam sido escolhidos em uma reunião na sexta-feira. Assim, o senador José Sarney (PMDB-AP) foi eleito vai presidir a Casa, no lugar de Ramez Tebet (PMDB-MS), com 76 votos a favor, dois contra e uma abstenção. Assim, dos 81 senadores que compõem a Casa, apenas a senadora Heloísa Helena (PT-AL) faltou.

Em seu discurso, o senador José Sarney agradeceu ao senador Renan Calheiros (PMDB-AL) "pelo gesto generoso de promover a unidade do PMDB" em torno de seu nome. Ele também agradeceu ao senador Ramez Tebet (PMDB-MS) pelos serviços prestados ao Senado.

O presidente do Senado destacou que "a biografia Luiz Inácio Lula da Silva é uma referência para o Brasil e para o mundo da ascensão social." Ele disse "ser possível vislumbrar um pacto social". Defendeu a "conscientização das elites para o social" e chamou a atenção para os desafios no sentido de combater o desemprego e a violência que, somados, "tornam a Nação insegura e o povo infeliz".

Sarney também afirmou em seu primeiro pronunciamento no cargo que é possível realizar as reformas tributária e da Previdência Social, que estão sendo propostas pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. "Basta ter vontade política", disse, ressaltando que é necessário unir Executivo e Legislativo, para enfrentar interesses. "Não podemos negar apoio para a governabilidade", afirmou Sarney. O senador afirmou que o Congresso deve ter sua própria agenda que, em sua opinião, deverá começar pela reforma política.

Também farão parte da Mesa o senador Paulo Paim (PT-RS), como o 1º vice-presidente, e o senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO), que ocupará a 2ª Vice-Presidência. O senador Romeu Tuma (PFL-SP) será o 1º secretário; Alberto Silva (PMDB-PI) o 2º secretários. A 3ª Secretaria será ocupada pelo senador Heráclito Fortes (PFL-PI) e o 4º secretário será o senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS).

O senador Jefferson Péres afirmou, após a reunião de sexta-feira, que as indicações são resultado de consenso entre os partidos com representação no Senado e estão de acordo com a proporcionalidade partidária. Para os senadores Suplicy e Mercadante, a reunião pode ser considerada uma vitória política do governo Luiz Inácio Lula da Silva, já que não houve disputa e as indicações foram decididas com base na negociação e no diálogo.

Na Câmara, 'em troca', o PMDB apoiou o nome do deputado João Paulo Cunha (PMDB-SP) para a presidência da Casa.

Com informações da Agência Senado