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BC vê pouco espaço para nova queda na taxa de juros
Do Diário OnLine
24/12/2003 | 11:44
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Após reduzir a taxa básica de juros em dez pontos percentuais nos últimos sete meses, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vê pouco espaço para mais cortes na Selic. Na ata da reunião da semana passada, na qual a taxa foi reduzida para 16,5% ao ano, os diretores dão sinais de que serão mais conservadores nos próximos encontros.

"Tendo em vista as incertezas que cercam os mecanismos de transmissão da política monetária, o Copom entende que a preservação das importantes conquistas dos últimos meses no combate à inflação e na deflagração do processo de retomada da atividade econômica requer que a flexibilização adicional da política monetária seja conduzida de forma parcimoniosa (simples, modesta)", diz a ata.

O documento afirma que o país já vive um momento de recuperação da produção industrial, dos investimentos, do consumo e da renda. Porém, como a recuperação não é uniforme em todos os segmentos da economia, o Copom quer evitar que essa diferença resulte em um novo aumento da inflação.

Reajustes — A gasolina deve subir 9,5% em 2004, segundo ata da última reunião do Copom. O reajuste se deve a um aumento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) para compensar o governo federal pela repartição do tributo com Estados e municípios.

A legislação prevê que a Cide varie de R$ 0,50 a R$ 0,86 por litro de gasolina. Hoje, o valor cobrado é de R$ 0,50 mas, com a aprovação da reforma tributária e a divisão dos recursos da Cide, o valor deve aumentar para compensar a perda de receita.

Já para este ano, o Copom prevê uma alta acumulada de 0,9% para o preço da gasolina em relação ao valor médio cobrado no ano passado. Em novembro, a estimativa era de reajuste de 0,8% em 2003.

Para as tarifas de energia elétrica, o Copom prevê um reajuste de 7,2%, enquanto para telefonia fixa a projeção de alta é de 6,6% no próximo ano.




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