Cultura & Lazer Titulo 33ª edição
Pluralidade na Bienal 2018

A 33ª Bienal de Arte de São Paulo, que acontece ano que vem, aposta em temas e artistas diversos

Por Karine Manchini
01/11/2017 | 07:00
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Pedro Ivo Trasferetti/Divulgação


 Pensando em abordar a arte contemporânea com visão mais ampla, além de tratar da diversidade de conceitos artísticos, a 33ª Bienal de Arte de São Paulo – que começa em 7 setembro e vai até 9 de dezembro de 2018 no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera – ganha o título de Afinidades Afetivas. Sem tema específico, a mostra tratará de diversos assuntos. O evento tem curadoria-geral de Gabriel Pérez-Barreiro, artista espanhol, historiador e mestre em História da Arte, e equipe curatorial que envolverá sete artistas de diferentes estilos e nacionalidades.

Composta por sete exposições coletivas e projetos individuais, a ideia do nome desta edição surgiu por meio da associação do romance Afinidades Eletivas, de 1809, do alemão Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832) e pela referência do jornalista Mário Pedrosa em sua tese Da Natureza Afetiva da Forma na Obra de Arte.

Segundo o presidente da Fundação Bienal, João Carlos de Figueiredo Ferraz – que recebeu ontem a imprensa para falar do evento –, o projeto de Gabriel foge dos que foram apresentados em outras edições. “Quando fui convidado para presidir a Bienal, minha grande dúvida era achar um curador que compartilhasse conosco a importância da Bienal falar de arte. Aqui é o território da poética e da estética e, a cada dois anos, trazemos novidades que possam

Além dos assuntos a serem trazidos pelos artistas, que estão envolvidos em seus próprios estilos e temáticas, existirá conceito pedagógico que tratará sobre a arte como um lugar central da atenção do mundo. Para o curador Pérez-Barreiro o maior problema na sociedade, atualmente, é a dificuldade das pessoas criarem relação com o mundo e prestar atenção ao seu redor. “A ferramenta mais forte que temos é a atenção. Trabalhei nessa condição de relação com série de exercícios que estamos desenvolvendo e testando para criar material que possa ser distribuído e aplicado em diversidade de lugares”, explica.

Mesmo com os recentes acontecimentos em que grupos se manifestaram de forma negativa em relação a algumas exposições de arte, como ocorreu na mostra Queermuseu, em Porto Alegre em setembro, o presidente da Fundação Bienal explica como seria se houvesse este tipo de polêmica no evento. Ele acredita que deve haver liberdade de expressão, mas caso vier uma manifestação como as que aconteceram é preciso saber administrar a situação. “Entendemos que liberdade de expressão não significa apoiar somente aqueles que concordam com você, é preciso ouvir os contrários. O espaço da Bienal é um lugar público e aberto. Às vezes. as manifestações são inevitáveis, mas se vierem de forma pacífica a gente tem que viver com isso”, encerra.

A entrada para a Bienal é gratuita e informações de quais serão horários, artistas participantes e quantas obras serão expostas devem ser divulgadas mais próximo à data do evento.

DO LIVRO
Em 2018, outra Bienal promete agitar a Capital. A 25ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo está agendada para acontecer de 3 a 12 de agosto no Pavilhão do Anhembi. Acompanhe o site oficial www.bienaldolivrosp.com.br para obter mais informações.




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