Sono é um processo ativo que envolve a suspensão temporária de atividades motoras voluntárias e de percepção sensorial, sendo dividido em lento (não REM) e com atividade cerebral rápida (REM).
Normalmente, durante a noite, os sonos não REM e o REM alternam-se ciclicamente e repetem-se a cada 70 a 110 minutos, com quatro a seis ciclos/noite.
A narcolepsia é uma desordem neurodegenerativa crônica caracterizada por sonolência excessiva e manifestações dissociativas do sono REM, como cataplexia (crise inesperada de fraqueza muscular sem perda dos sentidos), paralisia do sono, alucinações e sono REM precoce.
A dificuldade para que o indivíduo se mantenha acordado pode ocasionar um sono súbito durante o dia, frequentemente ocorrem depois de não ter dormido o suficiente durante a noite, afetando o estudo, trabalho e vida social.
A narcolepsia com cataplexia acomete de 15 a 50/100 mil habitantes e a prevalência sem cataplexia é de 56/ 100 mil habitantes, com pico de incidência na segunda década de vida, na proporção de 1,4 a 1,80 homem/mulher.
Em alguns casos o distúrbio costuma afetar pessoas com antecedentes familiares, mas a causa ainda é desconhecida.
Fatores de risco:
Hereditariedade.
Obesidade.
Diabetes.
Estresse.
Alterações hormonais.
Falta de hipocretina no cérebro, estimula as células cerebrais e ajuda a promover o estado de vigília.
Infecção.
Reações autoimunes.
Sinais e Sintomas:
Dificuldade de memória.
Diminuição da capacidade de raciocínio e concentração.
Depressão
Episódios de sono durante o dia.
Perda súbita do controle e força muscular.
Paralisia do sono.
Alucinações.
O diagnóstico é baseado no histórico do paciente, exame físico e principalmente pelo teste de polissonografia e testes de múltipla latência do sono, que envolve monitoramento e registro da atividade do cérebro, coração, respiração, músculos, olhos e várias outras funções do corpo, incluindo o movimento dos membros. Exames de imagens como TC ou RM geralmente não detectam anormalidades advindas da narcolepsia.
Saiba mais:
Várias funções são atribuídas ao sono.
A hipótese mais simples é a recuperação pelo organismo de um possível débito energético estabelecido durante a vigília.
Outras funções são atribuídas especialmente ao sono REM, tais como manutenção do equilíbrio geral do organismo, das substâncias químicas no cérebro que regulam o ciclo vigília-sono, consolidação da memória, regulação da temperatura corporal, entre outras.
Os estágios do sono durante a noite podem ser alterados por vários fatores, como ingestão de álcool ou drogas, temperatura ambiente, ritmo circadiano, idade e algumas patologias.
Geralmente o não REM concentra-se na primeira parte da noite, enquanto o REM predomina na segunda parte.
Alucinações hipnagógicas ocorrem em cerca de um terço das pessoas com narcolepsia.
A paralisia do sono caracteriza-se por uma incapacidade total para se mover, ocorrendo ao adormecer ou, mais comumente, ao despertar.
Movimentação excessiva durante o sono e a insatisfação com o mesmo podem ocorrer em até 90% dos pacientes, principalmente acima dos 35 anos de idade.
Episódios de comportamentos automáticos acontecem entre 8% a 40% dos casos automáticos com amnésia, variando desde atos repetitivos até dirigir um veículo.
Podem ocorrer deficits de atenção alterando a capacidade de rendimento em tarefas psicomotoras mais longas, monótonas e repetitivas, dependentes do nível de alerta.
Procure um médico.
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