O Sinsprev (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo) decidiu manter a greve após o governo federal anunciar a decisão de cortar o ponto na folha de pagamento e de retirar a proposta rejeitada pelo comando de greve da categoria.

De acordo com o diretor do Sinsprev, Laércio Duque de Lemos, o governo não negociou nenhum ponto com a categoria. "A greve continua. A cada vez que o governo recua na negociação com o movimento, o processo de mobilização aumenta", afirmou Lemos.

Os grevistas não abrirão mão das reivindicações de 18% de gratificação, 47,1% para os servidores da saúde, contratação de 18 mil servidores, atualização da área de informática e plano de cargo e carreira para os servidores da previdência, de acordo com Lemos.

O ministério afirmou em nota que fez diversas propostas ao grupo, como o pagamento de R$ 140 milhões em gratificações aos funcionários a partir de janeiro de 2006., a recomposição de 9,7% a 17% aos servidores ativos e de 5 a 9,4% para os funcionários aposentados e pensionistas. "Essa proposta iria contra um princípio que nós temos dentro do movimento sindical: a não discriminação dos servidores inativos. A proposta do governo, além de insuficiente, discriminava de maneira absoluta os aposentados da categoria", explicou Lemos.

Segundo o sindicalista, o comando de greve em Brasília será ampliado para reabrir o processo de negociação. A greve dos servidores do INSS (Instituto Nacional da Seguridade Social) já dura 54 dias. Apenas no Estado de São Paulo, mais de 1,8 milhão de segurados estão sem atendimento.