Setecidades Titulo Santo André
Usuários sofrem com lotação na Vl.Luzita

Serviço emergencial da Suzantur completa quatro meses sob críticas da população

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
07/02/2017 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


Quatro meses após o início da operação da Suzantur em Santo André por meio de contrato emergencial, usuários das 15 linhas de ônibus que atendem a região da Vila Luzita seguem enfrentando dificuldades com o transporte municipal. Além da falta de padronização dos coletivos, que circulam nas cores branca e vermelha e azul, é comum observar veículos lotados, mesmo fora do horário de pico.

Conforme o aposentado Mário Lopes da Silva, 69 anos, o problema da superlotação é recorrente. “Está muito mais cheio do que quando a empresa anterior operava (Expresso Guarará, que entrou em processo de falência). Tem vez que os ônibus não param nos pontos por causa da lotação”, contou.

O soldador Reginaldo Pedro Calixto, 37, trabalha próximo ao Estádio Bruno Daniel, na Vila América, e usa diariamente o expresso TR-101. Ele diz que não consegue embarcar no coletivo por causa da lotação. “Preciso esperar três ônibus e perco quase uma hora para conseguir entrar. É mais rápido andar uns dez minutos até ponto onde pego outra linha. Se não faço isso, não tenho previsão de chegar em casa”, afirmou.

“É sempre cheio, muito cheio. Preciso pegar ônibus todos os dias e sempre está do mesmo jeito”, afirmou a atendente Tatiane Shirley, 44.

O prefeito Paulo Serra (PSDB) também afirmou que não está satisfeito com os serviços oferecidos pela empresa. “Está em caráter precário, a própria população não está satisfeita. Ela está operando porque não pode parar.”

Sobre a não padronização dos veículos por parte da Suzantur, um dos itens previstos em contrato, o Paço destacou em nota que “a fim de evitar o cerceamento da competição, não pode exigir as mesmas características daquelas exigidas das subconcessionárias contratadas por meio de concorrência pública, tais como a pintura dos veículos”, disse.

Outro item que gera polêmicas é a inexistência de garagem conforme as exigências contratuais por parte da Suzantur na cidade, com oficinas de manutenção e local de abastecimento. A Prefeitura afirmou que “está diligenciando junto aos departamentos competentes do município e do Estado as condições de instalação do local”.

A respeito da reclamação dos usuários, o Paço afirmou que a fiscalização tem acompanhado a operação em campo e que a lotação está adequada à demanda existente.

O Diário não conseguiu contato com o representante da Suzantur Claudinei Brogliato até o fechamento desta edição.

NOVA LICITAÇÃO

O contrato entre a Prefeitura e a empresa é válido até abril e não poderá ser prorrogado. Nova licitação deve definir a empresa que assumirá os serviço pelos próximos dez anos. O certame depende de estudo de viabilidade econômica, que ainda precisa ser elaborado.

O Paço reconhece que não será possível concluir a licitação do transporte antes do término do contrato emergencial. “O termo de referência para a contratação dos serviços de elaboração de projeto básico do novo sistema que contempla a Vila Luzita está sendo elaborado pelos técnicos da SA Trans e estimamos que até o fim do mês poderemos publicar o edital de contratação”, informou, por meio de nota. 




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