Maurílio Teixeira não compareceu nesta quarta à reunião da Ascef (Associação das Empresas Funerárias) de São Caetano e, por isso, a decisão sobre permanência dele ou não na entidade foi adiada para o dia 15. O presidente da Ascef, Celso Sepulvida, explicou que os demais integrantes preferiram não tomar nenhuma decisão sem a presença de Maurílio, dono da Funerária São Paulo, investigada pela polícia por envolvimento na “Máfia do Óbito”. A associação tem como finalidade administrar o setor, além de regulamentar os plantões e fiscalizar eventuais irregularidades.

Membros da Ascef aproveitaram o encontro para discutir o suposto envolvimento de outra funerária da cidade, a Abcel, com o mesmo esquema de venda de declaração falsa de óbito. “Sendo considerada uma falta grave, seguiremos o que está em nosso estatuto e as duas poderão não fazer mais parte da associação” alertou Sepulvida.

Por telefone, Maurílio Teixeira afirmou ao Diário que não sabia da reunião desta quarta. Contou que recebera telefonema, na véspera, de Sepulvida, mas, como estava depondo na polícia, pediu para que retornasse a ligação mais tarde. “Cheguei cansado e fui dormir”, disse Teixeira. Segundo ele, desde que foi publicado o escândalo da “Máfia do Óbito”, no último dia 27, não tem conseguido dormir direito. “Estão com uma faca em cima de mim.”

Na reunião desta quarta, Sepulvida deixou claro que, se a São Paulo e a Abcel forem destituídas da entidade, não poderão mais participar do esquema de plantão existente em São Caetano. “Elas enfrentarão grandes problemas financeiros e, conseqüentemente, irão fechar.”