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Incra pede força-tarefa à União para desarmar assentamentos
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12/02/2005 | 15:16
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A superintendente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Pernambuco, Maria de Oliveira, pediu ao governo federal a criação de uma força-tarefa para atuar no desarmamento nos assentamentos, acampamentos e fazendas do Estado. A solicitação, enviada ontem ao Ouvidor Agrário Nacional, Gersino Silva, foi motivado pelo assassinato do PM Luiz Pereira da Silva, dia 5, no assentamento Bananeiras, em Quipapá, PE.

O principal suspeito de ter cometido o homicídio, José Ricardo de Oliveira Rodrigues, ex-assentado, e mais quatro pessoas acusadas de participar da confusão, estão foragidos.

Maria de Oliveira afirmou que sem a intervenção do Estado fica impossível fazer a reforma agrária em Pernambuco. De acordo com ela, os conflitos entre milícias armadas no campo impedem o processo de distribuição de terras. No documento, a superintendente do Incra pede a ação conjunta de representantes das policiais Federal, Civil e Militar, além da Ouvidoria Agrária, ministérios Público Federal e Estadual.

Por solicitação do governador em exercício, José Mendonça Filho, o secretário de Defesa Social, João Braga, vai aumentar o efetivo de policiais na área para apurar o caso.

No final da tarde desta sexta-feira o delegado responsável pelas investigações, Antônio Carlos Câmara, informou que nenhum dos suspeitos havia se apresentado. Na última quinta-feira, em entrevista ao Jornal do Commercio, José Ricardo havia declarado que se entregaria à polícia para explicar todos os fatos. Ele alegou inocência e afirmou que está sendo vítima de perseguição por parte do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) por ter denunciado irregularidades cometidas pelo coordenador estadual do movimento, Jaime Amorim.

Segundo Ricardo, o líder sem-terra teria desviado verbas destinadas à construção de moradias no assentamento Guabiraba/Gulandi, em Belém de Maria. Amorim disse que a obra, cuja conclusão deveria ter acontecido em 2001, sofreu atraso em virtude de problemas com a construtora e também por questões climáticas. Ele ressaltou ainda que houve problemas com o financiamento do programa do Governo do Estado Pró-Rural.

  Ontem à tarde o Ministério Público de Pernambuco pediu ao governo do Estado as contas de todos os repasses de verbas feitos ao MST.




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