Segundo o economista Lúcio Flávio Dantas, o resultado é normal para o período. Um dos fatores foi a entrada da coleção outono-inverno no comércio. "A mudança de estação é sempre acompanhada de alteração de preços, porque há novas coleções. Como a estação é mais fria, o custo de produção (dos artigos de vestuário) é mais alto e se embute uma majoração de preços", disse. Esse foi o segmento que mais impulsionou a inflação, ao apresentar aumento médio de 3,16% e influir com 0,25 ponto percentual no índice geral.
O IPC-Imes também assinala que os produtos e serviços do grupo saúde tiveram a segunda maior variação positiva, com alta média de 2,07%, que representou 0,09 ponto na taxa geral da região. A elevação nesse grupo se deve sobretudo aos reajustes no preço de medicamentos (4,67%). Mas o ritmo do aumento no segmento perdeu força em comparação com as duas últimas quadrissemanas, em função de ter sido absorvido em parte pelas elevações nos valores de serviços médicos.
Os preços do segmento de alimentação (0,10% de elevação) também contribuíram para a inflação do mês na região. Entre os destaques estão os reajustes dos in natura (1,27%), que foram impulsionados pela alta de 1,45% das frutas e de 9,23% no caso dos tubérculos (batata e cebola), o que refletiu as entressafras desses itens. Os semi-elaborados (como carne bovina, frango e arroz) tiveram variação negativa média de 1,05%.
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