O show contém músicas de seus dois CDs, Pouco para Mim (1997) e Sua Pessoa (2000), e do que será lançado no próximo ano (Tanto Silêncio). E também “coisas que gosto de cantar, mas que nunca gravei nem gravarei, como Ponteio, de Edu Lobo e Capinam, o blues Cry Me a River e um medley de Cassiano”.

“Sinto-me à vontade no formato voz e violão”, afirma. Isso não significa, porém, que a bossa nova domina o repertório. “Nada contra bossa nova, que é uma influência, mas não sou um cantor intimista. Tenho uma postura interativa, converso com o público. E procuro músicos versáteis, capazes de dar vários climas aos shows. Corpo de Você, do novo CD, é um funk e Pouco para Mim, um rock”, diz.

De Tanto Silêncio, Navas mostra ainda a faixa-título, Ícaro e Que Tal o Impossível?. “O disco terá uma sonoridade acústica, com violões de vários timbres, de aço, de sete e de 12 cordas, de nylon”, diz.

Seus compositores prediletos são Itamar Assumpção e Alzira Espíndola. “Itamar é extremamente musical e inteligente, popular sem ser popularesco. Poderia ter, radiofonicamente, a mesma repercussão de Djavan ou Gilberto Gil. Mas há má vontade do sistema em entender que Itamar é acessível”, afirma. E Alzira? “Ela é a grande poetisa de amor. É atual, saiu do Mato Grosso e urbanizou-se”, diz.

Quanto a si próprio, o cantor prefere não reclamar de coisas que não aconteceram. “Sobreviver de boa música no Brasil é difícil, mas sou feliz com o que tenho conseguido. Em quase sete anos de carreira ganhei respeito dos colegas. Compositores me mandam inéditas, viajo o Brasil e divido o palco com artistas já consagrados”, afirma.

Noite da Viola – A atração No Teatro Municipal de Mauá é a Noite da Viola, que começa às 19h. As duplas Montenegro e Ulian, Zé dos Reis e Reizinho, Julinho e Janel, Rondon da Viola e Tide Miranda comandam o show de música caipira. A Noite da Viola integra o projeto Viola na Praça, cuja meta é o resgate da música caipira.