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Demitidos fazem protesto contra a Comgás
Por Do Diário do Grande ABC
09/11/1999 | 12:16
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O trânsito parou nesta terça-feira em frente à sede da Comgás, na Rua Augusta, em Sao Paulo. Mas o protesto contra a companhia nada tinha a ver com a licitaçao da Area 2 do gás natural no estado, realizada no antigo predio da Bolsa de Valores pela manha. A concessao foi arrematada pelo consórcio italiano formado pela Agip por R$ 274,9 milhoes, com ágio de quase 150%. Na rua, contudo, o Sindicato da Contruçao Civil protestava por causa de quantia menor: R$ 360 mil para pagamento de salários e indenizaçoes trabalhistas a 108 demitidos da Henisa, empresa que até agosto prestou serviços para a Comgás e teve o contrato cancelado.

O protesto começou de madrugada, às 3h30. Trabalhadores colocaram na rua duas retroescavadeiras, que atrapalharam o trânsito da Rua Augusta nos dois sentidos. A polícia, mais tarde tentou negociar a retirada das máquinas mas o Sindicato da Construçao Civil e os manifestantes afirmaram nao ter responsabilidade sobre o equipamento. O sindicalista Moisés Antônio Oliveira foi detido por se recusar a retirar as máquinas da rua.

A Comgás distribuiu uma nota de esclarecimento na qual afirma nao ter pendências financeiras com a Henisa e, portanto, nenhuma responsabilidade sobre salários atrasados ou nao pagamento de direitos trabalhistas. A Henisa, segundo a nota da Comgás, foi contratada por meio de licitaçao pública para realizar, em 15 meses, a colocaçao de 140 quilômetros de de tubos plásticos (polietileno) na antiga rede de distribuiçao de gás natural, reduzindo riscos de vazamento. O contrato nao teria sido cumprido, de acordo com a Comgás, no que se refere a prazos e qualidade dos serviços. Assim, a empresa optou por nao renová-lo.




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