O pré-candidato à Prefeitura de Rio Grande da Serra Claudinho da Geladeira (PT) anunciou ontem o empresário Mauro Martin Fernandes, o Mauro da Autoescola (PTB), 58 anos, como seu vice para corrida eleitoral de outubro.

Conforme o Diário antecipou em junho, o petista firmou acordo de que a segunda cadeira seria do partido petebista, em acordo costurado junto ao deputado e presidente estadual do PTB, Campos Machado.

Segundo Claudinho, a escolha se deu pela posição estratégica de Mauro na cidade, uma vez que ele já foi duas vezes presidente da Aciargs (Associação Comercial de Rio Grande da Serra) e ainda faz parte da gestão da entidade. “Fizemos uma avaliação de todo o cenário e precisávamos dialogar com o setor empresarial e comercial. O Mauro faz esse diálogo. Além disso, tem a questão do apoio do governo do Estado e do próprio Campos Machado”, destrinchou Claudinho.

Mauro da Autoescola concorreu à vereança em 1988 pelo extinto MDB. Fez parte da gestão de José Teixeira (1993-1996), irmão do também ex-prefeito Adler Kiko Teixeira (PSB). Kiko, por sua vez, é o padrinho político de Gabriel Maranhão (PSDB), atual chefe do Executivo e rival de Claudinho nas urnas. “No passado, estive mais ligado à gestão, não à política, e resolvi hoje estar com o Claudinho porque me senti preparado para fazer uma boa gestão para ter uma cidade que queremos”, disse Mauro da Autoescola, citando o slogan da coligação que agrega seis partidos: PT, PTB, PTdoB, PP, PTC e Pros.

A dupla elevou o tom contra os governos Maranhão e Kiko (prefeito entre 2004 e 2012). “A cidade foi perdendo sua história, nomes de lugares foram mudados. Precisamos resgatar isso porque faz com que reflitamos sobre a cultura”, afirmou Mauro. “Rio Grande perdeu sua identidade. Inclusive elegendo alguém que não mora na cidade, que não tem esse olhar”, alfinetou Claudinho.

A convenção do PT será dia 24, na sede do diretório da sigla na cidade, oficializando a aliança. A escolha do vice contrasta com a tática de 2012, quando Claudinho optou pela missionária Cida Santos, evangélica e então filiada ao PT.