Setecidades Titulo Santo André
Jovens da Fundação Casa têm aulas de orientação profissional

Programa do governo do Estado prevê oito
encontros de capacitação profissional

Por Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
30/04/2016 | 07:00
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Denis Maciel


Conhecimento é poder. Foi com essa frase que 15 adolescentes da Fundação Casa 2 de Santo André iniciaram o Programa Time do Emprego, do governo do Estado, que traz orientações profissionais.

São oito encontros nos quais os jovens aprendem sobre postura em entrevistas de emprego, mercado de trabalho, como fazer o currículo, entre outros tópicos. As aulas são ministradas por uma funcionária da Prefeitura de Santo André que foi treinada para o programa. É a segunda turma da unidade de 52 internos que passa pelo treinamento.

“O conteúdo é bem dinâmico e trabalhamos com aquilo que eles vão encarar no dia a dia. Atuamos no resgate da autoestima dos jovens e mostramos que é possível recomeçar com um emprego formal. A gente costuma dizer que se um deles absorve já é uma grande vitória”, explicou a responsável pela aplicação do conteúdo, Malu Lopes.

Para o coordenador pedagógico da unidade, Aluísio Torres Júnior, a primeira experiência foi bem absorvida pelos internos e ele acredita na imensa participação dessa turma. “Eles se mostram muito interessados, porque é uma linguagem bastante próxima deles. Além disso, é muito importante para os familiares, que enxergam que os jovens terão oportunidades no futuro”, contou.

Na primeira aula, a participação dos internos foi bastante ativa. Foram discutidos desde as carreiras a serem seguidas até o medo do preconceito em ser ex-interno da Fundação Casa. Um vídeo da biografia do ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela, que foi preso político por mais de 20 anos, incitou a curiosidade.

“Achei interessante a história dele, porque eu só conhecia de nome mesmo. Foi uma superação, né? Ele chegar onde chegou”, afirmou um interno de 18 anos que cumpre medida socioeducativa há dois meses por tráfico de drogas. Ele pensa em seguir carreira de funileiro, a profissão do pai.

Já para outro interno de 17 anos, também cumprindo medida por tráfico há quatro meses, o sonho está no bacharelado em Direito. “A aula foi bem informativa. Sempre sonhei em ser advogado porque gosto muito de questionar e de ler. Meus amigos dizem que falo bonito. Acredito que com força de vontade e determinação será possível.”

Ele afirmou que a família está feliz em vê-lo empenhado. “Eles acreditam na minha dedicação”, disse. 




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