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Livro resgata e documenta o samba de enredo do Rio
30/01/2010 | 07:00
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Divulgação


"Não deixe o samba morrer/ Não deixe o samba acabar." Faltando duas semanas para o Carnaval, parece que dois amigos resolveram levar ao pé da letra a composição de Edson Conceição e Aloísio. Com um trabalho de fôlego, Alberto Mussa e Luiz Antonio Simas lançam "Samba de Enredo - História e Arte" (Civilização Brasileira, 240 págs., R$ 34,90), eternizando o gênero com um documento para posteridade.

Fala-se em imortalizar justamente pelo fato de ser a primeira vez que se realiza um mergulho tão vertical e profundo especificamente sobre os sambas de enredo do Rio. A dupla optou por contar a história do gênero, e não das escolas cariocas ou do Carnaval como um todo. "Nossa pretensão era falar daquilo que conhecíamos bem, não quisemos entrar na discussão sobre qual foi o primeiro samba da história ou a primeira escola do Rio", diz Mussa.

A elaboração do livro - contando desde as primeiras conversas de Mussa e Simas em botequins acerca do projeto - levou aproximadamente três anos. A dupla ouviu 1.324 composições.

"Não foi um trabalho de pesquisa deliberada, já conhecíamos todo o acervo. Mais de 90% dos discos de sambas de enredo nós já tínhamos", diz Mussa. "Dos LPs de escolas de samba que começaram a ser gravados na década de 1960, temos todos, sem contar, por exemplo, registros de Jamelão e Jorge Veiga", conta Simas.

Um dos pontos positivos do livro é contar com a verve literária do escritor Alberto Mussa e com a fidelidade aos fatos do historiador Luiz Antonio Simas. No fim, o título ainda apresenta todos os sambas, de 1939 a 2009, catalogados, além dos miniperfis de compositores como Cartola, Carlos Cachaça, Candeia, Silas de Oliveira e Nei Lopes.




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