Impressões digitais são linhas salientes (que conseguimos sentir) nas pontas dos dedos e que ajuda os seres humanos a terem melhor aderência ao segurar as coisas. Na verdade, não há uma explicação exata para sua existência na pele das pessoas de todo o mundo.

O nome ‘digital’ vem da palavra latina digitus, que significa dedo. No entanto, esses desenhos, também conhecidos como cristas epidérmicas, não estão restritos aos dedos, uma vez existem na palma das mãos e na planta dos pés. Só que, nesses locais, as chamamos de impressão palmar e plantar, respectivamente.

Essas linhas são únicas e exclusivas para cada pessoa. Nem mesmo os dedos da mesma pessoa são iguais entre si – isso vale também para os gêmeos univitelinos (crianças idênticas, geradas na mesma placenta na barriga da mãe), que possuem o mesmo DNA (código genético). É por isso que na carteira de identidade marcamos nossa digital. Com ela, podemos identificar qualquer pessoa no mundo.

Os riscos são formados ainda quando os bebês estão na barriga da mãe, entre o quinto e o sexto mês de gestação. As digitais nunca sofrem modificações e são preservadas da mesma forma até algum tempo depois da morte.

Quando queimamos o dedo, dependendo da intensidade do acidente, as linhas podem se apagar, mas não são modificadas. Se apenas parte do dedo for queimado e a outra metade ficar inteira, ainda será possível fazer o reconhecimento da pessoa pela característica.

CURIOSIDADE: A existência das digitais é datada de 2.000 anos antes de Cristo. Mas seu uso como método de investigação só começou a ocorrer no século 19, na Índia, por um pesquisador inglês.

Pergunta da Marcella Fischer Melo, 10 anos, de Santo André, há tempos notou que seus dedos têm linhas na pele que formam desenhos.

Consultoria de Marcos de Almeida, professor de Medicina Legal e Bioética da Unifesp (Escola Paulista de Medicina), de São Paulo.