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Interior à frente nos investimentos

“Investidor prefere Interior à região.” Região, no caso, é a Baixada Santista. Com essa manchete de primeira página, publicada no dia 22 de novembro, o jornal A Tribuna, de Santos"

Do Diário do Grande ABC
07/12/2015 | 07:00
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“Investidor prefere Interior à região.” Região, no caso, é a Baixada Santista. Com essa manchete de primeira página, publicada no dia 22 de novembro, o jornal A Tribuna, de Santos, constatou que nenhum dos 36 investimentos atraídos em 2015 pelo Estado de São Paulo ficou naquela área do Litoral, mas, ao contrário, as empresas optaram por cidades do Interior. Fácil acesso viário e mão de obra especializada em universidades públicas estariam entre os fatores de vantagem do Interior em relação ao Litoral. Na página interna, o jornal publica uma tabela sob o título ‘A goleada do Interior’, enumerando os investimentos, que somaram R$ 9 bilhões, e foram responsáveis pela geração de 9.000 empregos diretos.

Interior à frente – 2
O presidente da agência Investe São Paulo, Juan Quirós, disse ao jornal santista que as empresas foram todas para o Interior porque, coincidentemente, todos os investimentos projetados têm ligação com as regiões escolhidas. “Por mais esforço que a Baixada fizesse, não adiantaria. São investimentos vocacionados para outra região”, disse.

Interior à frente – 3
Na lista das empresas que anunciaram investimentos no Interior, estão, entre outras: Alstom (Taubaté), R$ 50 milhões e 150 empregos; Exco (Sorocaba), R$ 30 milhões e 13 empregos; Valtra (Mogi das Cruzes), R$ 35 milhões e 50 empregos; Greiner Bio-One (Americana), R$ 42 milhões e 120 empregos; Vinn (São Carlos), R$ 30 milhões e 34 empregos; Lwarcel (Lençóis Paulista), R$ 3.5 bilhões e 1.100 empregos; Hyundai (Piracicaba), R$ 100 milhões e 50 empregos; IBM e Varian (Jundiaí), números não divulgados; Termomecânica (São Bernardo), R$ 42 milhões; e empresas em Jaguariúna, Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Valinhos, Itu, Sumaré, Itaberá, Itupeva, Itapevi, Jacareí, Campinas, Itapetininga, Aguaí, Hortolândia, Arthur Nogueira, Capivari, Descalvado e Guararema.

Fronteira de expansão – 1
A proximidade da região produtora de gás e petróleo da Bacia de Santos é a grande aposta de São Paulo para ampliar, diversificar e dotar de maior confiabilidade o sistema energético da maior região industrial do País. Com uma população de cerca de 43 milhões de habitantes, o Estado tem como maiores consumidores de energia os setores industrial e de transportes, que demandam quase 80% do total de energia. A produção atual de São Paulo é formada principalmente por energia hidráulica, derivados de cana-de-açúcar e gás natural. O gás natural assume a principal aposta para tornar o sistema mais diversificado e menos sujeito a oscilações ambientais, como a falta de chuva.

Fronteira de expansão – 2
De acordo com a Secretaria de Energia do Estado, São Paulo aposta na criação do Gasoduto Rota 4 para transportar o gás natural proveniente dos campos de Santos para o centro consumidor, a região metropolitana. Hoje em dia o gás da Bacia de Santos é escoado por meio de três rotas: uma no Litoral paulista (Rota 1, que entra por Caraguatatuba) e duas no Rio de Janeiro (Rota 2, por Cabiúnas, e Rota 3, por Itaboraí). O Gasoduto Rota 4 vai permitir quase dobrar a oferta de gás natural no Estado, ampliando em cerca de 15 milhões de metros cúbicos por dia. Esse excedente poderá ser utilizado em usinas termelétricas para produção de energia, menos poluentes que as movidas a diesel. O projeto conta com investimentos bancados integralmente pelo consórcio de concessionários de distribuição de gás no Estado. O projeto deve ser concluído em 2022, com um custo de até R$ 7,5 bilhões.

Fronteira de expansão – 3
São Paulo consome cerca de 17 milhões de metros cúbicos de gás por dia, sendo cerca de 8,5 milhões originários do gasoduto Brasil-Bolívia e outros 8,5 milhões compostos por contribuições dos campos de Mexilhão e Merluza, no litoral paulista. O estabelecimento de uma nova rota permitirá ampliar a oferta de gás em cerca de 15 milhões de metros cúbicos por dia.

Em nome da Mata
Quando as pessoas abandonam a área em que vivem dentro do domínio da Mata Atlântica, a floresta volta a se estabelecer, segundo publica a Revista Pesquisa Fapesp de novembro, editada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. A recuperação espontânea da vegetação depende de vários fatores e entendê-los pode ajudar a economizar recursos no reflorestamento, de modo a aproveitar a força da própria mata. No entorno da Mata Atlântica vivem 100 milhões de brasileiros e estão cidades economicamente importantes como São Paulo e Rio.  




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