Política Titulo São Caetano
PT estuda expulsar Pio, que se defende

Partido contesta postura do vereador, mas parlamentar elenca série de auxílios ao partido

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
02/12/2015 | 07:00
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O PT de São Caetano estuda expulsar o vereador Pio Mielo (PT) – único parlamentar da legenda na cidade – do partido. Em nota, o diretório da legenda criticou o parlamentar por sinalizar que vai trocar de sigla para disputar a reeleição em 2016 e por “sua omissão diante dos ataques sofridos pelo PT nas sessões da Câmara”. Pio, por sua vez, se diz surpreso com a postura do diretório e que não há elementos que comprovem a falta de empenho na defesa ao PT.

Documento assinado pelo presidente municipal da legenda, Márcio Della Bella, pede que o parlamentar oficialize sua saída do partido. Della Bella também desautorizou Pio a falar em nome do partido. “O Pio escolheu o pior caminho para se desfiliar. Já sabemos da sua intenção em deixar a legenda, então, estamos consultando as possibilidades jurídicas para exigir a cadeira”, alegou o presidente.

Pio já descartou renunciar ao mandato. “Estou vereador para defender a cidade e não apenas os que votaram em mim ou no partido”, afirmou o ele, que disse ter contribuído com o PT. Ele lembrou a licença que tirou para dar vez ao suplente Ricardo Rios no Legislativo.

Nos últimos meses, Pio intensificou questionamentos à conduta petista. Reclamou publicamente do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e revelou convite de outros partidos, como o PMDB, que nacionalmente faz parte da aliança do PT.

A decisão de querer expulsar o único vereador do PT em São Caetano pode expor ainda mais a fragilidade do partido na cidade – onde nunca conseguiu eleger prefeito. Na eleição de 2012, o então prefeiturável Edgar Nóbrega renunciou à corrida eleitoral após ser flagrado no caso do mensalinho. Antigo expoente da legenda, Hamilton Lacerda foi alvo do ‘escândalo dos aloprados’. 

Reali é adjunto de Habitação na Capital

Ex-prefeito de Diadema e atual presidente do PT diademense, Mário Reali toma posse hoje como secretário adjunto de Habitação do governo do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). Ele será número 2 do urbanista João Sette Whitaker Ferreira, que também assume a função hoje, em cerimônia marcada para as 10h.

Derrotado na eleição em 2012, quando buscava reeleição como prefeito de Diadema, Reali está desde o início na gestão Haddad – ele é arquiteto concursado da prefeitura paulistana. Até ontem, estava na SP Urbanismo.

“São outras demandas, uma agenda bem mais pesada. Tem todo um movimento pró-moradia, com vários braços, com demanda altíssima por Habitação. Terei muito trabalho, mas faz parte”, discorreu Reali.

Haddad tem enfrentado dificuldade de diálogo com movimentos de moradia. São constantes as ocupações em prédios vazios da região central da cidade. Também há muita polêmica em torno de projetos habitacionais em áreas inicialmente demarcadas de interesse ambiental, como o Parque dos Búfalos, na Zona Sul da Capital. O deficit de residências em São Paulo chega a 670 mil domicílios. 




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