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Ex-repórter do Diário visita Redação e celebra aniversário
Por Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
24/11/2015 | 07:00
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Anderson Silva


Foi na época em que as notícias eram escritas na máquina de escrever que Arlindo Ribeiro, mais conhecido como Ligeirinho, chegava ao Diário em 22 de janeiro de 1975 para atuar como repórter policial. Quatro décadas depois, em carta enviada pelos Correios ao jornal, ele pediu se poderia visitar a Redação onde trabalhou até 2 de maio de 1978, quando saiu para atuar na assessoria de imprensa da Prefeitura de Diadema, cidade em que vive. Além de recordar os bons momentos vividos, a visita também celebraria os 75 anos de vida, completados ontem. Pedido prontamente aceito, Ligeirinho foi recebido pelo diretor de Redação, Sérgio Vieira, e toda a equipe do Diário.

“Uns dois anos atrás, entrei em um site na internet e fiz um teste que daria um resultado sobre qual era minha expectativa de vida, e deu que eu viveria 75 anos. Então, a partir de hoje (ontem), começa a contagem regressiva para eu ir fazer companhia para a Hebe Camargo (risos), mas não sem antes voltar à Redação do Diário”, disse.

Foi com lágrimas nos olhos e nostalgia que ele adentrou o espaço onde, por três anos, passou a maior parte de seus dias. “Tenho honra de falar que comecei no jornalismo por tipo (prensa de papel, construída com base na tecnologia dos tipos – letras).”

Nascido em Bauru, Ligeirinho foi criado no Paraná, Estado em que deu os primeiros passos na carreira, em um jornal chamado Folha de Mandaguari. “Eu escrevia matéria, imprimia e vendia o jornal, recordou.

Em São Paulo, trabalhando na Agência Folha de Notícias, precisava de uma oportunidade extra para complementar a renda e seu chefe o indicou para o então editor de Polícia do Diário, Renato Machado Campos. “Eu entrava de manhã no Diário, ia em todos os DPs (Distritos Policiais) pegar os boletins de ocorrência e voltava para escrever as matérias. Às 16h ia para a estação pegar o trem para às 17h estar na Agência, na Capital. Por essa correria, o Renato me apelidou de Ligeirinho”, contou. “Mas eu gostava muito do que fazia. O Diário é uma família, era muito gostoso trabalhar aqui”, salientou.

Foi graças à reportagem sua, entre tantas de destaque, que, em novembro de 1976, um garoto de São Bernardo, ferido por uma leoa em um circo, recebeu por doação de uma leitora uma cadeira de rodas para ajudá-lo na locomoção durante o tratamento.

Na visita de ontem Ligeirinho reviveu os momentos da profissão ao participar da reunião de pauta, junto aos editores. “Não tenho lembranças de ter recebido presente de aniversário, mas hoje (ontem) ganhei com essa visita”, falou, emocionado. O Diário também foi presenteado, Ligeirinho, com seu profissionalismo, que nos ajudou a construir nossa história.  




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