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Mauá atrasa entrega de escadaria na região central

Prometida para outubro do ano passado, nova estrutura só será construída em 2016

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
10/07/2015 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Embora prometida para ser entregue no ano passado, atendendo reivindicação de munícipes, o escadão situado na Avenida João Ramalho, ao lado do Viaduto Juscelino Kubitschek, no Centro de Mauá, continua na mesma situação denunciada pelo Diário no dia 18 de junho de 2014. Todos os dias, moradores do entorno precisam se arriscar pelos degraus de terra para ir ao mercado, escola ou trabalho.

Na ocasião da publicação da matéria, a Prefeitura de Mauá havia afirmado que construiria, entre setembro e outubro de 2014, um escadão, para facilitar a vida daqueles que fazem uso da alça de acesso do viaduto. A ação, segundo a administração do prefeito Donisete Braga (PT), integraria o Programa Cidade Limpa, coordenado pela Secretaria de Serviços Urbanos. Mais de um ano depois, porém, a Pasta destaca que “precisou refazer a programação de algumas intervenções pela cidade” e que a obra está prevista para ocorrer no próximo ano, sem precisar data ou valor de investimento.

A passagem que se tem por ora é de terra batida, com degraus irregulares e cercada por mato e pedras, o que aumenta a dificuldade dos pedestres. Por um período, a escada chegou a ganhar corrimão feito de madeira, improviso feito pelos próprios moradores para auxiliar no percurso. O complemento, no entanto, não resistiu ao tempo e falta de manutenção.

O escadão é utilizado principalmente pelos moradores dos bairros Jardim Oratório e Jardim Santa Cecília. Quem se arrisca a subir ou descer a escadaria nas atuais condições corre o risco de se machucar numa possível queda, como quase aconteceu com a dona de casa Maria de Fátima Rosa do Nascimento, 49 anos. “Na semana passada, enquanto eu descia, tropecei e só não fui escada abaixo e não me quebrei inteira porque me segurei no barranco com as duas mãos”, relata.

Maria de Fátima utiliza a escadaria com frequência para ir até um supermercado atacadista localizado na avenida. “Quando volto com muitas sacolas preciso dar uma volta longa para ir para casa. Se fizessem um escadão decente aqui, ajudaria muito”, acrescenta a moradora.

A dona de casa Cirlei Freitas, 42, desce se apoiando na terra para não cair. “É horrível. De vez em quando a gente escorrega e tem que torcer para não parar lá embaixo. Era bom quando tinha uma escada de ferro”, recorda. A estrutura lembrada por ela foi interditada em 2011, após a queda de um homem, de altura de cerca de dez metros. A vítima sofreu apenas ferimentos na cabeça. Depois disso, a escada foi retirada em função de obras do Rodoanel.

O técnico de som José Givanildo Leite, 35, não compreende o motivo da demora em construir outro acesso na área. “É algo fácil de resolver e que não demanda muito dinheiro.”




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