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Grécia fica aliviada com desfecho de seqüestro de ônibus
Da AFP
16/12/2004 | 15:33
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O desfecho feliz do seqüestro de um ônibus próximo a Atenas, que terminou na madrugada desta quinta-feira, com a libertação dos reféns e a prisão dos autores, deveu-se em grande parte à experiência adquirida pela polícia grega durante os Jogos Olímpicos.

A maneira como se lidou com o incidente contrastou fortemente com o escasso profissionalismo mostrado anteriormente em similares crises na Grécia, a maioria terminadas em banhos de sangue.

"A experiência dos Jogos Olímpicos não foi em vão. A polícia grega é a melhor do mundo", disse o ministro grego da Ordem Pública, Georges Vulgarakis, após o desenlace.

"Lidamos com uma situação muito complexa e em condições extremamente difíceis. O sangue frio e o profissionalismo da polícia abriram o caminho para que o problema tivesse um final feliz - sem vítimas ou violência", frisou.

O dramático seqüestro de 19 horas, na periferia da capital grega, foi concluída pacificamente na madrugada de quinta-feira, depois de os seqüestradores albaneses libertarem os últimos dos 23 reféns e se entregarem à polícia. Os dois seqüestradores tomaram o ônibus na manhã da quarta-feira, em uma parada da localidade de Gerakas, e mais tarde ameaçaram explodir o veículo se não recebessem um milhão de euros (1,3 milhão de dólares) como resgate e a permissão para deixar o país. Uma rede de câmaras de vigilância instalada para os Jogos Olímpicos, celebrados no verão passado (boreal), foi ativada no começo da crise.

"Sem ela, sinceramente, não acredito que teríamos conseguido o mesmo resultado", destacou Vulgarakis após se reunir com o primeiro-ministro grego, Costas Karamanlis.

A imprensa grega disse que a polícia, logo após receber a notícia do seqüestro, lançou mão do seu plano estratégico para solucionar esse tipo de impasse. Vulgarakis contou ainda que os agentes tinham efetuado três exercícios para lidar com a tomada de reféns. Em maio e julho de 1999, a Grécia teve de negociar com dos seqüestradores de ônibus em casos sucessivos. Em ambos, os seqüestradores eram albaneses e pediam dinheiro e o regresso em segurança ao país de origem.

Nas duas vezes os seqüestradores foram mortos pela polícia e em um dos episódios um refém também acabou morrendo.

Em novembro de 2000, um grego seqüestrou um ônibus cheio de turistas japoneses. O homem foi detido e ninguém ficou ferido na ocasião. O seqüestrador, contudo, se matou na cadeia para onde foi transferido.

A segurança foi a máxima prioridade das autoridades gregas durante os Jogos Olímpicos (13 a 28 de agosto) e as autoridades locais investiram US$ 1,3 bilhão para evitar qualquer surpresa.

A Grécia se preparou para o evento com o apoio de sete países - Alemanha, Austrália, Espanha, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e Israel - e com uma série de exercícios para enfrentar eventuais ataques terroristas ou tomadas de reféns.




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