Política Titulo São Bernardo
MP instaura inquérito civil para investigar caso de corte na merenda das escolas da rede de S.Bernardo

Promotoria cogita termo de ajustamento de conduta ou ação pública

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
06/02/2015 | 07:00
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Anderson Silva/DGABC


Promotor de Justiça da Infância e Juventude na Comarca de São Bernardo, Jairo Edward de Luca, confirmou ontem que vai instaurar inquérito civil para investigar caso de corte na merenda das escolas da rede da cidade. “Está sendo instaurado inquérito civil para a apuração do fato, com remessa, ainda nesta semana, de requisição de informações e esclarecimentos junto à Secretaria de Educação”, apontou.

A medida anunciada pelo representante do Ministério Público ocorre um dia após reportagem do Diário revelar que o governo do prefeito Luiz Marinho (PT) vai cortar parte da merenda nas unidades escolares, que envolve crianças da pré-escola e ensino fundamental, cuja idade é de cinco a dez anos.

Caso constate irregularidade, a Promotoria de São Bernardo avalia que, entre as punições, indicará “termo de ajustamento de conduta ou mesmo a propositura de ação civil pública”.

A ação foi impetrada pelo vereador oposicionista Julinho Fuzari (PPS), que fez exaltado discurso de repúdio a administração petista, com críticas diretas a responsável pelo comando da Pasta, Cleuza Repulho (PT). “A justificativa passada pelo governo é evasiva. Não há argumentos que justifiquem a prática, um absurdo. Essa secretária tem pedido de prisão do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, ligado ao MP). É uma atrás da outra na Educação. Estão devastando a nossa cidade com esse tipo de atitude”, atacou o parlamentar, referindo-se a Cleuza, que é ré em ação civil pública proposta pelo Ministério Público, que apontou superfaturamento na compra de tênis e mochilas a alunos da rede pública em 2010 e 2011.

Segundo o Ministério Público, ao menos R$ 4 milhões foram desviados com licitações dirigidas.

REVERSÃO
Em meio a repercussão negativa do caso das refeições, Cleuza marcou reunião com a base governista na tentativa de minimizar a situação.

Por outro lado, os vereadores não aceitaram as justificativas da secretária e cobraram mais transparência nas ações do Executivo.

Um dos parlamentares governistas chegou a cobrar diretamente Cleuza pela falta de informação, ironizando que o oposicionista Julinho Fuzari possuía mais informações dos planos da Prefeitura do que situacionistas. Frisou que soube da restrição dos alimentos nas escolas pelo popular-socialista. 




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