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Cratera no Jardim América fecha calçada e garagem
Por Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
28/12/2011 | 07:00
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Não é só na periferia que crateras proliferam. O Jardim das Américas, na região central de São Bernardo, apresenta há uma semana cenário atípico para quem circula na Rua Henrique Alves dos Santos, exatamente em residência localizada na frente do imponente prédio da mesquita da cidade. Vazamento de água, de obra iniciada há sete meses, provocou a erosão da calçada, além da parte externa de imóvel de alto padrão.

Para evitar dano ao pedestre, a Defesa Civil interditou a área com fitas e cones. Uma árvore próxima à casa corre o risco de cair pelo fato de suas raízes estarem totalmente soltas por baixo da calçada, conforme a equipe do Diário registrou ontem pela manhã e foi confirmado pela Prefeitura.

O problema surgiu há sete meses, quando a Companhia de Gás de São Paulo realizou serviço no cruzamento das ruas Anunciata Gobbi (continuação da Rua Henrique Alves dos Santos) e João Pasin. "Ao passar a tubulação de gás, os funcionários romperam os canos da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de São Paulo). E foi a partir disso que começou o vazamento de água", afirmou o engenheiro mecânico aposentado João dos Santos Cecilio Neto, 60 anos, morador no bairro há 30 anos.

A Comgás confirmou o rompimento da tubulação da Sabesp, a qual classificou como "incidente, apesar de todo o cuidado" que a companhia costuma adotar previamente. E defendeu-se que, na ocasião, avisou a "Sabesp para realização do reparo". O que não ocorreu, segundo os moradores que possuem fotos e vídeos da água sendo jorrada na via. "O pessoal da Sabesp vinha, mas nada fazia", acusou Cecilio Neto.

A infiltração da água, no entanto, causou a erosão da calçada e da garagem a quatro dias do Natal. "Vim abrir o portão para o carro entrar, por volta das 19h, e me deparei com tudo caído", contou a professora aposentada Varli Gomes, 66, proprietária do imóvel danificado.

A partir dessa noite, Varli não pode entrar nem sair de carro do imóvel. A erosão prejudicou também o portão de correr da casa. Ontem, a professora comprou madeirite e vigas de madeira para o isolamento da área. "Perdi a segurança, inclusive", lamentou, ao pagar só de material R$ 322.

No dia de Natal, a Sabesp esteve no local e detectou "vazamento não visível" na Rua Anunciata, que foi consertado - distante 30 metros do imóvel. Ao ser procurada ontem à tarde pelo Diário, a Sabesp enviou técnicos ao local. Informou que hoje fará o conserto do solapamento ocorrido entre a calçada e a garagem do imóvel. O problema, segundo o órgão estadual, foi provocado pela Comgás.




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