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Produção de sorvetes tem aumento de 70% na região
Rita Norberto
Do Diário do Grande ABC
16/01/2001 | 00:17
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  Depois de alguns anos com vendas mornas, a indústria de sorvetes comemora uma temporada com superaquecimento em produção e vendas. Segundo os fabricantes da região, somente nos meses de novembro e dezembro de 2000, início da temporada de calor, as vendas subiram entre 20% e 70% na comparação com o mesmo período de 1999. Um verão forte e seco, uma economia mais aquecida e, neste ano em especial, novidades como o copão de sorvete, são os principais fatores, segundo os empresários, que explicam esta boa fase vivida pela indústria.

Vendidos em lojas populares (bombonières e lojas de R$ 1,99), os potes com 400 ml de sorvete estão sendo a grande sensação deste verão, impulsionando o lucro de quem apostou na novidade. É o caso da Sorvetes Marcelly, de Santo André. Segundo a empresária Lilian de Lourdes Molinare, a produção, que começou em outubro, saltou de 6 mil litros para 12 mil litros em novembro e não pára de crescer. “Contratamos mais quatro pessoas e estamos trabalhando até a noite para dar conta dos pedidos”, disse. A empresa vende a unidade por R$ 0,65 (atacado) em 15 sabores. Pelos seus cálculos, as vendas já estão 60% superiores às do mesmo período de 1999.

Na Nevaska Sorvetes Finos, de Diadema, a produção dos sorvetes em potes começou em 500 unidades em setembro, passou a 1,2 mil potes em outubro e chegou a 2 mil em novembro. “Fazem sucesso porque atingiram a camada popular da população: é uma quantidade boa de sorvete e custa apenas R$ 1”, explicou o empresário Mário Botelho Desiderato. Segundo ele, a massa é a mesma utilizada nos potes de 10 litros, apenas não vem com incrementos. Para dar conta da demanda, a empresa contratou mais três funcionários e investiu R$ 10 mil na compra de mais uma máquina, que aumentou a capacidade de produção em mais 30%. “O faturamento líquido será 20% maior que 1999”, disse.

Mas há quem não se rendeu à onda dos sorvetes populares, mas mesmo assim comemora uma temporada superaquecida. É o caso da Slept Indústria e Comércio, de São Caetano, que, segundo o empresário Álvaro da Silva Júnior, obteve em dezembro um aumento de 70% nas vendas na comparação com 1999. “Em dezembro de 1999, a produção/dia foi de 1,4 mil litros de sorvetes. Em dezembro do ano passado, já foi de 8 mil litros/dia.”

Mais focada na distribuição para lojas de rua, a Bariloche Sorvetes, sediada em São Bernardo, também vem registrando alta nesta temporada. Segundo o gerente comercial da empresa, Carlos Fernando Morena, as vendas em dezembro foram “pelo menos 20% maiores na comparação com dezembro de 1999”. Já na Arabian Bread, de Diadema, empresa do grupo Habib’s, que vende para as grandes redes de supermercados, a produção de novembro e dezembro deste ano subiu em torno de 40% em relação ao mesmo período do ano passado.




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